Grupo De Pernas Pro Ar lança o projeto “Tem ferrugem no Museu?” com ações em formato híbrido no dia 14 de abril

Um dos mais premiados grupos gaúchos comemora o lançamento de catálogo, com distribuição gratuita, e exposição performática das Máquinas de Cena

Tem ferrugem no museu? Com esta provocação, Luciano Wieser, mentor e diretor do premiado Grupo De Pernas Pro Ar, apresenta seu mais novo projeto, que consolida o trabalho do grupo. Na próxima sexta-feira, dia 14 de abril, às 20h, tem o lançamento do catálogo “Tem ferrugem no Museu?”, com distribuição gratuita, e abertura da exposição performática Máquinas de Cena. A atividade ocorre no Inventário, sede criativa do grupo localizado no bairro Igara, em Canoas-RS (confira mais informações no “Serviço”). Este projeto tem financiamento do Pró-Cultura RS, por meio do Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul (FAC).

Sim! A ferrugem mostra as marcas do tempo, a ação da água, do oxigênio e principalmente simboliza o abandono de nossas histórias. Objetos descartados e enferrujados contêm memórias e são testemunhos materiais de um povo. Luciano Wieser forja um caminho fora dos espaços convencionais, resgatando estes objetos, escutando-os e libertando-os para experimentarem outras possibilidades, revelando assim o lado poético e humanizado das máquinas.

Com a ferrugem, trazemos a ideia de um museu não convencional, e ao catálogo as máquinas de cena como protagonistas, com seus detalhes, ranhuras e singularidades ampliados, com belas imagens capturadas para mostrar a ânima destas máquinas, seus movimentos e a sensação de vida proporcionada pelas tecnologias” explica Luciano Wieser. Este grupo de teatro peculiar parte de uma apaixonante pesquisa dentro do teatro de animação, este dito “teatro de máquinas”, misto de esculturas invenções mecânicas, autômatos e bonecos robotizados, onde a própria dramaturgia surge do processo de construção destas improváveis máquinas e só termina quando o outro também imaginar.

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Obras do acervo deste projeto:

Máquina de lembranças (inspirado no arco vitruviano com bonecos robotizados);
Máquina de voar (asas mecanizadas a partir de antigas hastes de luminárias);
Vestido dançante (máquina que faz um vestido dançar);
Dedalejo (máquina musical, inspirada nos realejos com “dedos” mecanizados);
Máquina de sapateado (conjunto de antigos moldes de sapatos de sapateiro que formam uma máquina musical);
Máquina de recordar (antigo Super. 8 com um olho, que projeta imagens de inventores antigos em uma tela);
Semeadora de nada (máquina com uma boneca que voa no espaço, semeando o nada);
Ginoide Fracionada (mulher robotizada com fala);
Mão mecânica (dedos mecanizados);
Víspora entre o coração e o cérebro (jogo de bingo com um coração e um cérebro mecanizados);
Gaito Valvuloso – A Máquina de ronronar (gato robotizado).

Sobre Luciano Wieser

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O projeto Tem ferrugem no Museu almeja expandir o conceito de museu para além das instituições costumeiras, mostrando a obra de Luciano Wieser, – Mestre das Maquinarias (Prêmio Teixeirinha Culturas Populares 2018) de modo a dialogar com novas tecnologias virtuais a um público jovem.

Desde menino, as máquinas sempre despertaram o fascínio sobre Luciano Wieser; cresceu desenvolvendo engenhosas habilidades e enriqueceu sua profissão de artista com o universo dos ferros velhos, briques e quinquilharias, trazendo a máquina como personagem principal de suas obras. Partiu em direção a uma apaixonante pesquisa dentro do teatro de máquinas, um oficio raro, no qual a teoria nasce, vive e sobrevive da sua própria prática.

A partir dos objetos encontrados, “cansados de sua lida” de uma vida inteira, agora descartados pela sociedade, Luciano Wieser cria interferência artística formando novas e loucas máquinas, aflora as suas memórias, que estes objetos ainda preservam; suas mecânicas, somadas às transformações e libertações que sofrem em suas mãos. “É como se estas máquinas ora enferrujadas, clamassem ainda por nos dizer algo”, comenta o artista. E através desta rara habilidade de criar máquinas que Wieser nos proporciona improváveis ilusões”.

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O projeto almeja mostrar este patrimônio material e imaterial com as obras e o legado deste artista, autodidata, de 57 anos, morador de Canoas RS, refletindo, dando visibilidade para suas obras, consolidando também a trajetória de 35 anos do grupo De Pernas Pro Ar, de tradição familiar. Luciano Wieser passa este oficio também para os filhos, que se aventuraram a perseguir este trabalho árduo, mas único e de extrema beleza com o qual vem desenvolvendo a linguagem principal da companhia com o “teatro de máquinas” (uma vertente do teatro de animação), com construções ousadas, misturando o antigo com o contemporâneo, a robótica à mecânica pura, maquinarias de cena e autômatos. Wieser parte de objetos ferrosos descartados pela sociedade para nos mostrar que é possível extrair poesia de algo tão bruto.

Sobre o Grupo

O grupo De Pernas Pro Ar, de Canoas – RS, desde 1988, reinventa mundos imaginários. As marcas fundamentais afirmam como um dos grupos de maior referência na linguagem do teatro de rua e do teatro de máquinas, com experimentos curiosos e intrigantes, construídos a partir dos devaneios do inventor Luciano Wieser “Prêmio 2018 – Mestres das Maquinarias” que por meio de objetos e quinquilharias descartados em ferro velhos e briques, somados às provocações tecnológicas advindas de Tayhu DW e o olhar sensível de Raquel Durigon, geram engenhosas engenharias de engenhocas, instrumentos musicais inusitados, bonecos/máquinas, autômatos e robotizados, que compõem a estética inusitada para as dramaturgias de seus espetáculos, exposições e audiovisual.

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O grupo é uma influencia na área, possui um canal de arte com maquinarias de cena no Tiktok, com vídeos com milhões de visualizações https://vm.tiktok.com/ZMFVNnHdE

FICHA TÉCNICA:
Luciano Wieser – Multiartista, Mestre das Maquinarias, coordenador geral, textos do catálogo, palestrante
Raquel Durigon – Produtora Executiva, textos do catálogo
Tayhú D Wieser – Audiovisual, fotografia, projeto gráfico do catálogo, designer, animador das tecnologias digitais e robótica
Isadora Fantini Rigo – Audiovisual, ilustradora, designer, revisão
Jonas Piccoli – Consultoria e prefácio
Doutor Valmor Beltrame (Nini) – Palestrante
Doutoranda Emanuele Weber – Palestrante
Silvia Mara Abreu – Assessoria de Imprensa
Ovni Acessibilidade Universal – Libras
Editora São Miguel
Extrema Razão – Contabilidade
Realização: Grupo De Pernas Pro Ar
Financiamento: PRÓ-CULTURA RS | FAC Fundo de Apoio à Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul

ACESSE
Site: https://www.depernasproar.com.br
Tiktok: https://vm.tiktok.com/ZMY125x5R
YouTube: https://www.youtube.com/@depernasproar
Instagram: https://www.instagram.com/grupodepernasproar
Facebook: https://www.facebook.com/grupodepernasproar

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PROGRAMAÇÃO:

14 de abril de 2023 – 20h – Lançamento do catálogo Tem ferrugem no Museu? (distribuição gratuita) e Exposição/Performática das Máquinas de Cena
Local: Inventário – Sede criativa do Grupo DePernasProAr, Rua Itaparica 38, Igara, Canoas/RS 

17 de abril de 2023 – 20h – Live – Tem Ferrugem no Museu? Um patrimônio a ser preservado!
Duração: 1h30min
Plataforma: https://www.youtube.com/depernasproar

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Palestrantes: Doutor Nini Beltrame e a Doutoranda Emanuele Weber 
Anfitrião: Mestre das maquinarias Luciano Wieser

Presença de Intérprete de Libras
Apresentação artística do vídeo “Memórias enferrujadas”
Duração: 13 min

Exposição virtual  “A última invenção de Luciano Wieser”

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Escola Pública de Canela, Montenegro e Nova Santa Rita
Data a confirmar

Agendamento: [email protected]

Assessoria de Imprensa:
Silvia Abreu

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Foto:
Tayhú Wiesert

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