Ubu Tropical, curta metragem do Ói Nóis Aqui Traveiz será exibido dia 25 de outubro, às 20h, na Terreira da Tribo

A exibição deste e de outros projetos audiovisuais do grupo integram a programação do projeto Arte Pública, que está movimentando a cidade desde setembro

No dia 25 de outubro, às 20h, o curta-metragem Ubu Tropical será exibido na Terreira da Tribo (rua Santos Dumont, 1186), com entrada franca. O filme é uma alegoria da ascensão do pensamento fascista, propagando o ódio e a intolerância, retrato do que estamos vivendo no nosso país nos últimos anos. Na programação serão projetados também os documentários Teatro e circunstância – Ói Nóis Aqui Traveiz e Ói Nóis Aqui Traveiz: uma retrospectiva audiovisual-cênica sobre a origem e a trajetória da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz.

Desde agosto de 2021 o Ói Nóis Aqui Traveiz vem pesquisando a personagem Pai Ubu, criada no final do século XIX pelo francês Alfred Jarry, e icônica para todo o teatro ocidental influenciando as vanguardas em todas as partes do mundo. A investigação relaciona a personagem com o nosso Tropicalismo, movimento artístico surgido no contexto de um governo repressivo. Ainda que mais de cem anos tenham transcorrido desde a sua primeira aparição, Pai Ubu persiste como veículo de ruptura, chamando atenção para um mundo aparentemente ordenado e progressista, mas que a todo momento cria os seus brutais Ubus. O filme se utiliza da estética do cinema mudo trazendo elementos da comedia bufa e do grotesco.

Através do olhar crítico da personagem Jarry o filme conta a história de uma “família de bem que em um domingo ensolarado vai passear no parque para assistir uma exibição pública de desmiolamento. Aqueles que não se ajustam ao sistema ubuesco precisam passar pela Máquina de Descerebrar. O roteiro tem sua origem na Canção dos Desmiolados, criada por Alfred Jarry para a sua saga da personagem do Pai Ubu. O curta-metragem foi criado coletivamente pela Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, trazendo como protagonistas Tânia Farias (Alfred Jarry), Lucas Gheller (Marceneiro), Keter Velho (Costureira), Clélio Cardoso (Filho) e Maria Inês Falcão (Filha), e mais de 30 atuadores no elenco. A música original é de Johann Alex de Souza.

Nesses 38 anos de atividades a Terreira da Tribo abrigou as mais diversas manifestações culturais como espetáculos de teatro, shows musicais, ciclos de filmes e vídeos, seminários, debates, performances e celebrações. Hoje a Terreira é reconhecida como Ponto de Cultura e um dos principais centros de investigação cênica do país e se constituiu como referência nacional na aprendizagem do teatro com a sua Escola de Teatro Popular. A Terreira da Tribo ficou durante quinze anos na rua José do Patrocínio, na Cidade Baixa, para se mudar no final de 1999 para rua João Inácio, no bairro Navegantes. Há treze anos o centro cultural Terreira da Tribo está localizada na Rua Santos Dumont, 1186, no bairro São Geraldo.

UBU TROPICAL
Exibição do curta-metragem dia 25 de outubro
Terreira da Tribo – Rua Santos Dumont, 1186
Entrada franca

* na ocasião serão exibidos dois documentários: Teatro e circunstância – Ói Nóis Aqui Traveiz e Ói Nóis Aqui Traveiz: uma retrospectiva audiovisual-cênica

Arte Pública tem apoio da FUNARTE com recursos da emenda da Deputada Federal Fernanda Melchiona

Assessoria de Imprensa:
Bebê Baumgarten Comunicação

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Sobre Alex Vitola

Há alguns anos atrás jamais imaginei trabalhar com fotografia ou jornalismo. São mais de 20 anos na área de TI, em diversos provedores de Hospedagens como Administrador de Sistemas, Analista de Suporte e Consultor Técnico. Por questões particulares resolvi "dar um tempo", tirar umas férias de tudo. Neste meio tempo, comecei a fotografar e fazer a cobertura de shows e eventos culturais, apenas como um Hobby, não queria viver disso, não queria uma nova profissão. Com o passar do tempo a coisa foi ficando séria até que e em novembro de 2020 com apoio da Secretaria da Cultura do RS e da Feevale, lancei o projeto “PALCO-RS, uma Exposição Virtual dos principais shows nos palcos de Porto Alegre”. Veio a pandemia, e sem eventos presenciais entrei pra Faculdade de Jornalismo e paralelo a isso continuei estudando edição de imagens, produção cultural, marketing digital, gestão de tráfego e obviamente nunca deixando os estudos da área de TI de lado. Em 2023 fui finalista do Prêmio Profissionais da Música 7ª Edição na categoria "Convergência" "Canais Digitais de Divulgação da Música". Atualmente trabalho com Gestão de Tráfego Pago além de fazer a co-produção do Podcast Entrevista de Atitude.