Natura Musical apresenta “Samba às Avessas”, o primeiro álbum da sambista Pâmela Amaro

Disco, já disponível nas plataformas digitais, busca (re)construir imaginário positivo e humanizado acerca da mulher negra. Sambista e compositora gaúcha afirma, nas 12 faixas de seu álbum de estreia, a importância do papel da mulher compositora

Já está disponível em todas as plataformas digitais “Samba às Avessas” primeiro álbum autoral da cantora, compositora e atriz porto-alegrense Pâmela Amaro pelo selo Mundaréu/YB (SP). Patrocinado pela Natura Musical, o trabalho destaca a vertente autoral da artista, em sintonia com as narrativas do universo feminino, plural e complexo.

A jovem artista tem se destacado nos últimos anos devido ao estilo multifacetado. Além de compositora, canta, toca percussão e cavaquinho. Em 2016, foi apontada pela crítica musical local como voz de destaque do samba no Rio Grande do Sul. Participou de grupos musicais variados, em sua maioria, formado por mulheres.

No disco de estreia, Pâmela Amaro recebeu consultoria artística da múltipla artista, a sambista Nilze Carvalho (RJ), durante o processo de produção musical. Amaro se desafiou como produtora musical junto de Tuti Rodrigues. Os arranjos das 12 faixas do álbum são dela em parceria com Tuti e Max Garcia e com colaborações dos músicos Vini Reis, Vini Ferrão, Julia Valentini, Marco Nunes, Handyer Borba e José Milton Vieira. O disco elencou 33 musicistas, destes, cerca de 16 são mulheres. A gestão executiva do projeto é do Coletivo Palma e a direção artística de Tiago Souza.

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Nós acreditamos no impacto transformador que a música pod ter no mundo. E os artistas, bandas e projetos de fomento à cena selecionados pelo edital Natura Musical têm essa potência de mobilizar o público na construção de um mundo mais bonito, cada vez mais plural, inclusivo e sustentável” afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.

“Samba às Avessas” foi selecionado pelo edital Natura Musical, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio Grande do Sul (Pró-Cultura), ao lado de Dessa Ferreira, Circuito Orelhas, Gravina DasMina e Feijoada Turmalina, por exemplo. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para 39 projetos até 2020, como Filipe Catto, Tem Preto no Sul, Borguetti e Yamandu, Zudizilla, Sons que Vem da Serra e Thiago Ramil.

SOBRE NATURA MUSICAL
Natura Musical é a plataforma de cultura da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu cerca de R$ 174,5 milhões no patrocínio de mais de 518 projetos – entre trabalhos de grandes nomes da música brasileira, lançamento e consolidação de novos artistas e projetos de fomento às cenas e impacto social positivo. Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do País e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. Em 2020, o edital do Natura Musical selecionou 43 projetos em todo o Brasil e promoveu mais de 300 produtos e experiências musicais, entre lançamentos de álbuns, clipes, festivais digitais, oficinas e conferências. Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente da música brasileira, com uma programação contínua de lives, performances, bate-papos e conteúdos exclusivos, agora digitalmente.

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A COMPOSIÇÃO COMO RECURSO DE EMPODERAMENTO E HUMANIZAÇÃO
Em Samba às Avessas, Pâmela Amaro pretende afirmar a importância do papel da compositora, pois acredita que pode colaborar muito na (re)construção do imaginário positivo e humanizado acerca da pessoa negra. Neste sentido, a artista usa a música para contar histórias e espalhar mensagens de positivação e afirmação de um futuro próspero para grupos étnicos atingidos pela estrutura do racismo. Das doze faixas do disco, nove são de sua autoria. A composição, segundo a artista, é uma forma de exaltar o feminino sagrado, plural e complexo. “Para além de esposas e donas do lar, somos mães, avós, lideranças, empreendedoras e carregamos sonhos, dissabores, lutas e emoções que já não devem mais ser escondidos”.

Ela conta que a faixa, “Deixa que eu vou te contar”, por exemplo, surgiu da necessidade de rever como a mulher negra tem sido mencionada historicamente no cancioneiro popular. Para Pâmela, “essa canção antagoniza aquelas em que mulheres negras, comumente chamadas de “nega”, estão sempre sem nome, família ou história positiva. Nesta composição, ao contrário de reforçar estereótipos de objetificação, há uma conversa cuja mensagem central é a de que podemos ir longe, pois juntas formamos uma grande rede“. A faixa conta com as presenças da cantora carioca Maíra Freitas e da rapper paulista Yzalú.

O disco de Pâmela Amaro apresenta outras narrativas femininas por meio do samba nas 12 faixas do álbum:

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Faixa 1: Pedido a Osun
É uma oração à orixá do panteão yorubá, dona das águas doces, rios e cachoeiras, a dona do ouro, da fertilidade, da riqueza e da prosperidade. Um samba para exaltar o feminino a partir da divindade Osun.

Faixa 2: Colo de mãe
É um samba sobre amor sagrado e único entre filha e mãe. É uma homenagem à mãe da cantora, Dona Santa, uma rezadeira e amorosa mulher que sempre esteve ao lado da filha, incentivando-a. Um samba para todas as filhas que já tiveram e ainda tem no colo de suas mães seu grande alento.

Faixa 3. Negro Amar
É sobre amor. O amor da forma mais doce, apaixonada e contagiante. Um samba para todos os amores que nascem e se desenvolvem gerando transformações positivas. É sobre afetividade.

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Faixa 4. Ganhou meu coração
É um samba sobre os sinais da chegada do amor. Aquele encontro com a pessoa amada que surge para partilhar a vida e a felicidade.

Faixa 5. Saudação a Tupan com participação do Coral Tekoa Yvy Poty
Pâmela foi presenteada nesta canção para saudar a passagem de plano do seu avô paterno, Tupan, vítima da Covid, em 2020. Esta música é um hino ao seu espírito ancestral e uma homenagem ao povo guarani que habita as terras do Rio Grande do Sul.

Faixa 6. Deixa que eu vou te contar feat Maíra Freitas, Yzalú
Um samba para falar do poder de mulheres pretas sonharem e realizarem-se nas suas diversas profissões. Uma narrativa que positiva as conquistas e as lutas diárias dessa mulheres.

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Faixa 7. Samba às Avessas feat. Nilze Carvalho
Este samba vem mostrar que as mulheres estão compondo e tocando instrumentos, ocupando seu espaço na música e trazendo suas próprias experiências pra dentro do samba. Conta com a interpretação e gravação de bandolim da sambista Nilze Carvalho, um exemplo real do poder feminino no samba.

Faixa 8. Não posso chamar de meu rei
Este samba é para mulheres que mudam o rumo de suas vidas, que viram a chave e decidem sobrem seus próprios caminhos. É sobre rompimentos e sobre autoconhecimento.

Faixa 9. Oferenda/ Canoa de Preto Velho/Bença
Faixa para honrar a ancestralidade a partir de ritmos e manifestações como maçambique e jongo. O primeiro muito característico das terras de Osório e Morro Alto. O jongo é característico do sudeste brasileiro, mas é uma paixão da artista. Canta-se em louvor e agradecimento à vida e às boas realizações. É sobre fé, gratidão.

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Faixa 10. Vadeia/ O sol chorou
Um samba de roda de um jeito gaúcho. Pâmela experimenta construir, compor e cantar um “samba de roda dos pampas”, um jeito de lembrar que sambar faz parte do valor civilizatório africano e que também está presente nas terras sulistas.

Faixa 11. Antes de nós
Conta sobre a relação da artista com suas memórias familiares e de infância. A música traz narrações da Tia Jóia, tia de Pâmela, aquela que abria as portas de sua casa para os sambas acontecerem, frequentemente, nos finais de semana. As festas na Santa Cecília, em Viamão, foram nascedouro da musicalidade da artista e acolheu muitos momentos especiais.

Faixa 12. Samba Arte Popular
Uma música para exaltar a essência do samba, a festa popular que é realizada nas casas, nos quintais, praças, bares, botecos e nas ruas, como o próprio Carnaval. Um samba para fazer sambar e espantar as tristezas.

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Informações para a imprensa:
Silvia Abreu

Fotos:
Luis Ferreirah

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