Luana Fernandes define “Lua de Outubro” como a síntese de uma trajetória artística iniciada ainda criança em Camaquã, sua terra natal, sob o olhar carinhoso dos pais, parentes e amigos.
Ao longo da adolescência, foi afirmando esta vocação, marcada por uma constante presença em festivais pelo Interior do Rio Grande do Sul e na vida cultural de sua cidade. Aos 28 anos, dona de uma voz e estilo marcantes, Luana vem ganhando destaque na cena musical de Porto Alegre, onde atualmente reside, e busca afirma-se artisticamente. Em outubro de 2019, participou do Festival de Música de Porto Alegre, classificando uma canção autoral, e em dezembro foi escolhida a Cantora 2019 – Prêmio Vitor Mateus Teixeira – concedido pela Assembleia Legislativa do RS aos destaques da cultura gaúcha, consolidando uma trajetória cultural que teve início em 2009. No próximo dia 16, sexta-feira, Luana lança seu primeiro álbum em live que será transmitida pelas suas redes sociais (confira no “Serviço”).
“Lua de Outubro é o meu primeiro álbum e o resultado de todo um percurso reunido” sintetiza Luana Fernandes. Apresenta 14 canções de diversos períodos de sua trajetória e mais uma faixa bônus, uma música/poema que ela declama. “Têm músicas do começo de minha carreira, de um tempo em que eu não era compositora, e da minha fase recente, autoral. Tem músicas de Catulo Fernandes, meu pai; de Ricardo Cordeiro, produtor e diretor musical do disco, e de minha autoria. A canção-título, composta por meu pai, é uma das mais antigas do repertório e é um pouco de mim, pois fala do meu signo (sou libriana), de astrologia, das fases lunares, temas que me interessam e tem influência real em minha vida”, comenta.
Musicalmente, Luana Fernandes transita pela MPB, pop e soul, entre outros gêneros que mergulham nestas vertentes, evidenciando um vínculo com a poesia modernista nos versos que compõe. As letras refletem seus vários momentos e toda a sua subjetividade, em que o cotidiano, as questões do feminino, a fragmentação, a busca por uma identidade própria e por uma linguagem brasileira se fazem presentes. “Quando me perguntam sobre o meu estilo de música, eu costumo defini-lo como MPB, mas numa visão mais contemporânea”, resume.
Em “Lua de Outubro”, Luana Fernandes deixa isso explícito, fincando raízes na MPB, mas sem deixar de absorver elementos de outros gêneros, tomando para si diversas características, como guitarras com multi-efeitos, baterias eletrônicas, pitadas de flamenco, percussões afro e temas que nos levam ora para o acústico dos violões, ora para o soul. Esse emaranhado de sons associado à voz límpida e à interpretação vibrante de Luana se transforma numa sonoridade contemporânea e poética, não datada, que é, também, a pura música popular brasileira.
Ciclos
Ao lançar seu álbum de estreia, Luana faz uma imersão em sua trajetória artístico-musical e recria canções que a acompanham desde o princípio, transformando e amadurecendo antigas melodias. A artista ainda apresenta músicas inéditas e sua identidade como compositora transparece em letras que retratam a sua verdade, o seu modo de enxergar o mundo, “ora leve e cotidiano, ora profundo e incerto”, como ela mesma o define. Este trabalho é nascimento, percepção feminina revelada na gravação do primeiro trabalho de estúdio da cantora. Canções que delimitam, assim feito a lua, a conclusão de uma fase e o (re)começo de um novo momento, em que letra e melodia conjugam o mesmo tempo… tempo de cantar.
“Assim como as fases da lua, este álbum também reflete os vários ciclos da minha vida e representa um amadurecimento dos meus vários processos, enquanto artista e compositora. Nesse percurso autoral, pude contar com a forte presença do músico e compositor Ricardo Cordeiro, que assina a produção e a direção musical do meu trabalho. Ele participa de quase todas as faixas do disco, como violonista, arranjador, além de dividir algumas parcerias musicais comigo”, afirma Luana.
Luana explica que quis incluir uma pegada mais eletrônica em algumas canções e, por isso, a presença da bateria do Fernando Sefrin se fez vital. “Eu também queria algumas experimentações e por isso convidei o Lorenzo Flach. Com sua guitarra, ele conseguiu dar esta contemporaneidade que eu tanto desejava para o meu trabalho. Mas também quero ressaltar algumas canções. Tem uma faixa que é muito importante e pela qual eu tenho muito carinho. Chama-se “Mulher África”. É uma canção que veio no instinto e no fluxo de minha fase de descobrimento como mulher negra. É uma homenagem à minha mãe, às minhas tias e primas”. Nesta canção, ela destaca a participação do Bruno Coelho, na percussão, e do Gabriel Romano, na gaita, que imprimiram uma pegada mais afro. “E a bateria do Sefrin entrando junto criou uma atmosfera muito bacana”, acrescenta.
“Lua de Outubro” foi mixado e masterizado por Amaro Neto e gravado no Estúdio Gerald Flach, ao longo de 2019. O álbum foi viabilizado com financiamento da Secretaria Municipal da Cultura e Prefeitura de Porto Alegre, por meio do edital Geraldo Flach. A produção visual é fruto de duas mulheres artistas, com direção de arte de Edinara Patzlaff e fotografia de Beta Iribarrem. Apresenta 15 faixas, com letras assinadas por Luana Fernandes em parceria com Ricardo Cordeiro e o poeta e escritor Catullo Fernandes. Além de um poema musicado de Fernando Pessoa e uma canção de Barbosa Lessa. Na banda, o auxílio luxuoso dos músicos Douglas Vallejos (sax/harmônicas), Fernando Sefrin (bateria), Gabriel Romano (acordeon), Ricardo Cordeiro (violão/baixo), Lorenzo Flach (guitarra), Gisa Haas (teclado), Roberta Campos (castanholas), Risomá Cordeiro (contrabaixo), Bruno Coelho e Lu Mello (percussão) e Amaro Neto (programação eletrônica, sons incidentais e guitarra).
Parte da renda arrecadada com a comercialização dos CDs irá reverter para a Rede de Atenção à Mulher (RAM), organização ligada a Secretaria Especial da Mulher, Trabalho e Desenvolvimento Social de Camaquã, que luta pela igualdade de direitos, pelo respeito e pela valorização do trabalho das mulheres (http://www.facebook.com/ramcamaqua1)
Trajetória
Ao longo destes 10 anos em constante movimento, Luana Fernandes ganhou experiência e maturidade. Seu canto já foi ouvido em feiras de livro, teatros do Sesc, pubs e casas culturais de diversas cidades do Estado. Produziu o DVD autoral “FéMenina” gravado na Casa de Cultura Mario Quintana em Porto Alegre. Participou de festivais gaúchos, entre eles o premiado Festival Mar em Canto e o nacional FUNMUSIC, onde representou o Estado na semifinal, em São Paulo. Além do projeto autoral Lua de Outubro, a cantora integra o espetáculo “A poesia jogada num Canto” (poemas musicados de Fernando Pessoa e Mario Quintana).
SERVIÇO:
Redes:
https://instagram.com/luanafernandescantora
http://facebook.com/luanafernandescantora
FICHA TÉCNICA DO CD:
Músicos:
Douglas Vallejos (sax/harmônicas)
Fernando Sefrin (bateria)
Gabriel Romano (acordeon)
Ricardo Cordeiro (violão/baixo/vocais)
Lorenzo Flach (guitarra)
Gisa Haas (teclado)
Roberta Campos (castanholas)
Risomá Cordeiro (contrabaixo)
Bruno Coelho (percussão)
Lu Mello (percussão)
Amaro Neto (programação eletrônica, sons incidentais e guitarra).
Produção: Luana Fernandes
Produção e Direção Musical: Ricardo Cordeiro
Mixagem e Masterização: Amaro Neto
Direção de arte: Edinara Patzlaff
Fotografia: Beta Iribarrem
Produção Executiva: Lizandra Moraes
Informações para a imprensa:
Silvia Abreu