Orquestra da Ulbra apresenta cortina lírica com finalistas do Concurso Zola Amaro e anuncia vencedoras

Com árias de óperas conhecidas pelo grande público, o próximo Domingo Clássico será no dia 22 de outubro, na Associação Leopoldina Juvenil, com entrada franca. No concerto serão avaliadas e anunciadas as vencedoras da segunda edição do Concurso Zola Amaro

O próximo Domingo Clássico será dedicado aos amantes do canto lírico. A Orquestra de Câmara da Ulbra apresentará uma cortina lírica, com árias de óperas de diversos compositores, interpretadas pelas dez finalistas da segunda edição do Concurso Zola Amaro. O concerto, com regência de Tiago Flores, ocorre no domingo (22/10), às 19h, na Associação Leopoldina Juvenil (Marquês do Herval, 280), com entrada franca. As vencedoras do concurso serão escolhidas na hora, a partir de suas performances neste concerto e anunciadas logo após o espetáculo.

As finalistas Carol Braga (RS) – mezzo-soprano; Cristiane Mesquita (SP) – soprano; Erika Henriques (RJ) – mezzo-soprano; Higla Noel (SP) – soprano; Jou Bennemann (RS) – soprano; Mayra Lopes (MG) – soprano; Núbia Eunice (MG) – soprano; Paolla Soneghetti (RJ) – soprano; Renata Bueno (PR) – soprano; e Tatiana Beffa (PR) – soprano irão interpretar árias de óperas de Mozart, Puccini, Rossini e Bizet. Entre elas, da Ópera Cosi fan tutte, Madama Butterfly, O Barbeiro de Sevilha, As Bodas de Fígaro, Carmen, Idomeneo, La Bohème e A Flauta Mágica.

Serão premiadas três cantoras com certificado e prêmio em dinheiro. A vencedora do primeiro lugar ainda ganhará uma viagem a Milão, Itália, oferecida pela assessoria Cidadania Italiana. Haverá, ainda, homenagens para outras três cantoras, nas categorias Incentivo Artístico, Voto Popular e Revelação Juvenil – que ganharão certificados. Entre as finalistas, também será reservada uma vaga na fase semifinal do Concurso Maria Callas 2024, que ocorre em São Paulo.

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Realizado pela Orquestra de Câmara da Ulbra em parceria com a Agenda Lírica, o concurso é pioneiro na categoria de concursos de canto a contemplar exclusivamente mulheres.

A comissão recebeu inscrições de cantoras líricas profissionais, amadoras ou estudantes a partir de 18 anos. As candidatas enviaram três vídeos gravados exclusivamente para o concurso, sendo duas árias do repertório proposto e uma ária de livre escolha.

ZOLA AMARO
O concurso é uma homenagem à grande soprano gaúcha Zola Amaro (1890 – 1944), a primeira sul-americana a cantar no mítico Theatro Alla Scala de Milão, templo maior da ópera. Nascida em Pelotas, fez importante e longa carreira, apresentado-se em Roma, Veneza, Turim, Palermo, Florença, Rotterdam e Amsterdam, entre outros. Foi reconhecida como uma das mais importantes “Normas” da história, cantando no Festival Bellini, em Catânia, terra natal do compositor, em homenagem aos 120 anos de seu nascimento. No saguão do Theatro São Pedro de Porto Alegre encontra-se uma placa com a inscrição: “Neste theatro cantou Zola Amaro – 1º-11-1920”.

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O II Concurso Zola Amaro para Cantoras Líricas é realizado pela Orquestra de Câmara da Ulbra em parceria com a Agenda Lírica. Conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de POA, da Cidadania Italiana e do Concurso Maria Callas 2024.

PREMIAÇÕES:
1º Lugar: R$5.000,00 (Cinco mil reais), uma passagem de ida e volta para Milão, Itália, oferecida pela assessoria Cidadania Italiana, e certificado.
2º Lugar: R$3.000,00 (Três mil reais) e certificado.
3º Lugar: R$2.000,00 (Dois mil reais) e certificado.

Incentivo Artístico: certificado.
Voto Popular: certificado.
Revelação Juvenil: certificado.

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Prêmio Concurso Maria Callas 2024: uma vaga na fase semifinal para uma das 3 (três) vencedoras do II Concurso Zola Amaro para Cantoras Líricas que tenha até 40 anos quando da realização do 22° Concurso Maria Callas 2024.

SERVIÇO:
O que: ORQUESTRA DE CÂMARA DA ULBRA | DOMINGO CLÁSSICO
Data: Domingo (22/10)
Horário: 19h
Local: Associação Leopoldina Juvenil (Marquês do Herval, 280)
Entrada Franca *Em parceria com o Projeto Juvenil Solidário sugere-se a doação de alimentos não-perecíveis ou de roupas em bom estado.
RETIRADA DE SENHAS 1 HORA ANTES DO ESPETÁCULO, POR ORDEM DE CHEGADA.

PROGRAMA:
Wolfgang Amadeus Mozart – Smanie implacabili – Ópera Cosi fan tutte (CAROL BRAGA)
Giacomo Puccini –  Un bel dì, vedremo  – Ópera Madama Butterfly (CRISTIANE MESQUITA)
G. Rossini – Una voce poco fa – Ópera O Barbeiro de Sevilha (ÉRIKA HENRIQUES)
Wolfgang Amadeus Mozart   Porgi Amor – Ópera As Bodas de Fígaro (HIGLA NOEL)
Georges Bizet –  “C’est des contrebandiers…Je dis que rien m’épouvante” – Ópera Carmen (JOU BENNEMANN)
Wolfgang Amadeus Mozart  – Zeffiretti lusinghieri – Ópera Idomeneo (MAYRA LOPES)
Giacomo Puccini – Si, mi chiamano Mimì –  Ópera La Bohème (NUBIA EUNICE) 
Wolfgang Amadeus Mozart – Dove Sono – Ópera As Bodas de Fígaro (PAOLLA SONEGHETTI)
Giacomo Puccini   Donde Lieta Usci – Ópera La Bohème (RENATA BUENO)
Wolfgang Amadeus Mozart . Ária: “Der Hölle Rache” – Ópera A Flauta Mágica (TATIANA BEFFA)

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REGÊNCIA: Tiago Flores

Esse projeto é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com o patrocínio da Bem Promotora. Realização do Ministério da Cultura – Governo Federal – Brasil – União e Reconstrução.

SOBRE AS OBRAS:
Così fan tutte, ossia La Scuola degli amanti ( Assim fazem todas, ou A escola dos amantes) é a antepenúltima ópera escrita por Mozart (as últimas foram A flauta mágica e La Clemenza di Tito). Trata-se de uma ópera cômica, e foi a última parceria do compositor com o libretista Lorenzo da Ponte, autor dos libretos de Don Giovanni e O Barbeiro de Sevilha.  A composição da obra havia sido sugerida pelo próprio imperador José II a Antônio Salieri, que não se interessou pela história.  Dois jovens soldados, Ferrando e Guglielmo, estão em um café, tendo uma discussão acalorada com Dom Alfonso sobre fidelidade. Dom Alfonso propõe a eles que façam um teste de fidelidade. Os dois jovens fingem que vão viajar, e voltam disfarçados tentando conquistar suas namoradas.  Na ária Smanie implacabili (Desejos Implacáveis), Dorabella, uma das namoradas, canta seu desespero e angústia diante da partida de seu amado.

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Madame Butterfly é uma das mais famosas óperas de Puccini. Baseada em um conto do norte-americano John Long, conta a história de uma jovem japonesa de apenas 15 anos, dada em casamento a um oficial da marinha americana, Pinkerton. Ele se casa apenas para ter uma esposa durante sua estadia no Japão, pretendendo se divorciar assim que retornasse para seu país. Anos se passam, e Pinkerton, já casado com uma americana, volta apenas para se divorciar da jovem, e levar embora o filho que tiveram juntos, para criá-lo com sua nova esposa.  Na ária “Um bel dì, vedremo”, Cio-Cio San (borboleta em japonês, o nome da jovem), canta sua esperança em rever seu amado esposo que partiu para os Estados Unidos. Ela imagina o navio chegando, e seu amado Pinkerton vindo até ela para um reencontro amoroso.

O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, é uma ópera bufa baseada na primeira parte da trilogia “Le Barbier de Séville”, do escritor francês Pierre Beaumarchais (Mozart se baseou na segunda parte para compor sua ópera “As bodas de Fígaro”).  Tem como subtítulo “Alma Viva ou a inútil precaução”, pois Don Bartolo, tutor da jovem Rosina, pretende casar-se com ela, e para isso, mantém a jovem presa em sua casa. Mas o conde Almaviva, enamorado de Rosina, consegue enganar Bartolo com a ajuda de Fígaro, e casa-se com ela.  Na ária “Una voce poco fa” (uma voz que ouvi há pouco), Rosina canta seu amor por Lindoro (na verdade o próprio Conde Almaviva), que acabara de lhe fazer uma serenata.

“As Bodas de Fígaro” é uma ópera bufa de Mozart baseada na segunda parte da trilogia de Beaumarchais. O enredo satiriza alguns costumes da nobreza, o que teria trazido problemas à reputação de Mozart na época.  Fígaro e Suzanna estão com o casamento marcado. Ambos são servos do Conde Almaviva, que há tempos vem assediando Suzanna, e pretende usar do seu direito de senhor para poder dormir com ela antes da noite de núpcias. No final, após muitas confusões, tudo se resolve, com o conde arrependendo-se de ter pensado em exercer tão infame costume.  Na ária “Porgi amor” (ofereça, amor), a Condessa de Almaviva canta sua tristeza pelas infidelidades constantes do marido, e três vezes repete “mi lascia almen morir” (ao menos me deixe morrer).

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Certamente uma das óperas mais famosas e encenadas em todo o mundo, a história da cigana Carmen continua encantando plateias até hoje. A música de Georges Bizet, com libreto baseado no romance de Prosper Mérrimée já faz parte da cultura popular, sendo utilizada em trilhas de filmes, séries, comerciais,etc… A obra recebeu muitas críticas em sua estreia, devido ao caráter transgressor da protagonista, afinal Carmen é uma mulher bastante independente para os padrões da época (1875).  Carmen seduz Don Jose, um cabo do exército que a havia prendido. Ele deserta e ambos vivem uma paixão intensa. No entanto, devido aos ciúmes de Don Jose, Carmen termina o relacionamento e começa a namorar o toureiro Escamillo. Cego de ciúmes, Don Jose implora a Carmen para reatarem. Diante da negativa dela, ele a mata a facadas. Na ária “Je dis que rien ne m´épouvante”, Micaëla, a noiva de Don Jose chega no acampamento dos contrabandistas onde ele está com Carmen, para tentar convencê-lo a abandoná-la.

Idomeneo foi composta por Mozart em 1780, quando o compositor tinha 24 anos. Foi uma encomenda do Eleitor da Baviera, tendo sido estreada em Munique em 1781.  Como Mozart teria a sua disposição a orquestra de Mannheim, considerada uma das melhores da Europa, ele usou uma orquestração bastante rica. Foi a primeira ópera a utilizar o clarinete, e a única obra composta por Mozart a utilizar o piccolo.  A ação se passa na ilha de Creta. Idomeneo, rei da ilha, em seu retorno após o término da guerra de Troia, quase naufraga devido a uma tempestade. Para se salvar, promete a Poseidon sacrificar a primeira pessoa que enxergar ao pisar em Creta. Esta pessoa acaba sendo seu filho, Idamante. No final, Idomeneo é liberado de cumprir a promessa, mas em troca deve renunciar ao trono em favor de seu filho.  Na ária “Zeffiretti lusinghieri”, Ilia, uma princesa troiana capturada por Idomeneo, canta seu amor por Idamante, sem saber que ele, escondido, a escuta.

La Bohème, uma das óperas mais conhecidas de Puccini, estreou em 1896 em Turim.  É baseada no romance de Henri Murger, “Scènes de la vie de bohème”.  Conta a história de 4 jovens artistas na Paris de 1830: o poeta Rodolfo, o pintor Marcello, o músico Schaunard e o filósofo Colline, que sonham com fama e sucesso, embora não tenham dinheiro nem para pagar o aluguel. Uma vizinha bate à porta pedindo ajuda, é Mimì. A ária “Si, mi chiamano Mimì” é precisamente quando ela se apresenta, “me chamam Mimì, mas meu nome é Lucia, gosto daquelas coisas que se chamam de poesia”. A partir deste momento, ela e Rodolfo vão viver um romance que terminará com a morte de Mimì.

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De “As Bodas de Fígaro“, teremos agora a ária da Condessa Almaviva. Ela teceu um plano juntamente com sua criada Susanna, para revelar as más intenções deste para com Susanna. Ela irá vestir-se como a criada, após ter marcado por carta um encontro com o Conde. Na ária, a Condessa canta sua tristeza e decepção com a conduta do Conde, “Dove sono i bei momenti di dolcezza e di piacer” (onde estão os bons momentos de doçura e prazer).

Outra ária de La Bohème, agora do III ato, “Donde lieta usci”, é o adeus de Mimì , que já está com a saúde bastante abalada, para Rodolfo, após a decisão deles pela separação. Ela acaba de descobrir o porquê da irritação de Rodolfo em relação a ela. Ele se sente mal ao ver Mimì sucumbindo à tuberculose , e considera que a separação seria a melhor solução para ambos. “Donde lieta uscì al tuo grido d’amore, torna sola Mimì al solitario nido” (de onde ela saiu feliz ao seu grito de amor, Mimì retorna sozinha para o ninho solitário).

Uma das últimas obras de Mozart, “A flauta mágica”, apesar de sua temática alegórica e fantástica, tornou-se um grande sucesso logo após sua estreia. A peça contém vários elementos maçônicos (tanto Mozart quanto Schikaneder, o libretista, eram companheiros na mesma loja maçônica). Também por isso, temos várias alusões aos ideais iluministas e da Revolução Francesa, iniciada havia apenas 2 anos. Tamino e Pamina, os personagens principais, precisam passar por várias provações para alcançarem a realização plena (ou deixarem as trevas medievais em direção à luz iluminista). Sarastro representa o soberano ideal, que obtém seu poder da sabedoria ao invés da força. Já a Rainha da Noite, a vilã da história, representa exatamente tudo aquilo que o Iluminismo condena: a superstição, a irracionalidade e a tirania.

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Na ária “Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen” (a vingança do inferno ferve em meu coração), talvez o trecho de ópera mais famoso de todos os tempos, a Rainha da Noite, em um acesso de fúria, dá um punhal para sua filha Tamina, e a exorta a matar Sarastro, seu grande rival.

Assessoria de Imprensa:
Raphaela Donaduce – Dona Flor Comunicação

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