Nova exposição da artista Camila Proto propõe uma escuta das vozes da Terra

TERRALÍNGUA fica em cartaz de 1º de julho a 8 de outubro, nas Salas Negras do Margs

No dia 1º de julho (sábado), o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) inaugura a exposição TERRALÍNGUA, da artista Camila Proto. Com curadoria de Diego Hasse, a mostra, que integra o programa público Poéticas do Agora, apresenta especulações sobre a composição da linguagem e do planeta.

As seis obras comentam sobre os tropeços da língua na terra, e da terra na língua, através de uma poética interdisciplinar que dobra arte e ciência, realidade e ficção, rastro e arranjo, escritura e formação. Por uma escuta mais implicada do mundo, a artista convoca o público à pergunta “e se?”. E se esta exposição fosse o começo de uma conversa entre vozes que ainda não tiveram a chance de ressoar?

É possível conhecer o mundo a partir do som? Como enunciar e ouvir um mundo que, ao mesmo tempo em que se destrói, está a todo o momento se (re)inventando? Partindo dessas questões norteadoras, Terralíngua apresenta os desdobramentos da pesquisa poética de Camila Proto. A artista explora as potencialidades da linguagem, da imagem e do som, bem como os diálogos transdisicplinares entre arte e ciência. De tais relações, eclodem trabalhos materializados em diferentes mídias e suportes”, escreve Hasse no texto curatorial, que ressalta, ainda, as relações afetivas no trabalho da artista.

Entre tantos atravessamentos e incógnitas que fornecem seus percursos de vida por expedições científicas, no colo da mãe paleontóloga, e interesse musical na cacunda do pai arquiteto, destaca-se o tensionamento das fronteiras usualmente determinadas entre verdade e ficção.

Camila Proto realizou uma espécie de expedição para pesquisar microerosões não-humanas e fantásticas; fez uma misteriosa ilha sonora surgir no lago Guaíba; viajou pelo corpo humano captando os sons de suas cavidades; com a utilização de um fonógrafo, revelou os segredos guardados em sua coleção de conchas e rochas; transformou relevos em melodias, linhas de texto, e vice-versa. Ao assumir uma outra postura diante da verdade e conectar questões transdisciplinares e ficcionais, a artista nos faz duvidar de nosso próprio pensamento”, destaca o curador.

Aos 26 anos, Camila é doutoranda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dentre sua participação em exposições, destacam-se o Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa (2019 e 2020, Porto Alegre), o 10º Festival Novas Frequências (2020, Rio de Janeiro), a Exposição Internacional “ComCiência” (2019, Belo Horizonte), o I Circuito Latino-americano de Arte Contemporânea (2021, Porto Alegre) e a exposição Abre-Alas 18, na Galeria A Gentil Carioca (2022, Rio de Janeiro). Foi indicada ao XIII Prêmio Açorianos de Artes Plásticas (2020, Porto Alegre), na categoria “Artista em Início de Carreira”.

Curador, pesquisador e crítico de arte, Diego Hasse é doutorando e mestre em História, Teoria e Crítica da Arte (PPGAV/UFRGS) e membro do Grupo de Pesquisa CNPq “Arte em trânsito: viagens, derivas, deslocamentos”. Seus interesses de pesquisa dialogam com as dimensões críticas da relação entre arte, natureza e paisagem. Integrou o Comitê Curatorial da Galeria Ecarta (2020-2021) e realizou várias curadorias, entre as elas “Salta d’água: dimensões críticas da paisagem” (2017), na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo (Porto Alegre), que recebeu Destaque em Exposição Coletiva do Prêmio Açorianos, em 2018.

SERVIÇO
Exposição
 TERRALÍNGUA
Artista: 
Camila Proto
Curadoria: Diego Hasse
Onde: Salas Negras do Margs (Praça da Alfândega, s/n°- Centro Histórico)

Visitação: 1º de julho a 8 de outubro
Horário: terça a domingo, das 10h às 19h
Entrada gratuita

Assessoria de Imprensa:
Roberta Amaral

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Sobre Alex Vitola

Há alguns anos atrás jamais imaginei trabalhar com fotografia ou jornalismo. São mais de 20 anos na área de TI, em diversos provedores de Hospedagens como Administrador de Sistemas, Analista de Suporte e Consultor Técnico. Por questões particulares resolvi "dar um tempo", tirar umas férias de tudo. Neste meio tempo, comecei a fotografar e fazer a cobertura de shows e eventos culturais, apenas como um Hobby, não queria viver disso, não queria uma nova profissão. Com o passar do tempo a coisa foi ficando séria até que e em novembro de 2020 com apoio da Secretaria da Cultura do RS e da Feevale, lancei o projeto “PALCO-RS, uma Exposição Virtual dos principais shows nos palcos de Porto Alegre”. Veio a pandemia, e sem eventos presenciais entrei pra Faculdade de Jornalismo e paralelo a isso continuei estudando edição de imagens, produção cultural, marketing digital, gestão de tráfego e obviamente nunca deixando os estudos da área de TI de lado. Em 2023 fui finalista do Prêmio Profissionais da Música 7ª Edição na categoria "Convergência" "Canais Digitais de Divulgação da Música". Atualmente trabalho com Gestão de Tráfego Pago além de fazer a co-produção do Podcast Entrevista de Atitude.