O rapper Black Alien foi uma das atrações do festival Lollapalooza, ocorrido entre 24 e 26 de março em São Paulo
No evento, o MC conhecido como Mr. Niterói contou a participação do colega e amigo Xamã, com quem tocou uma música nova chamada “Bad Girls and Bad Boys“. Além disso, Gustavo — nome de registro — também fez participação em trabalho recente de Gabriel O Pensador.
Além das novidades de estúdio, Black Alien segue levando sua rima sagaz para o palco. Dia 13 de maio, sábado, ele se apresenta na FENAC (Rua Três de Outubro, Portão 11), em Novo Hamburgo. O show é baseado em composições do até então último álbum, “Abaixo de Zero: Mello Hell” (2019). Porém, o repertório também vai incluir singles recentes e temas de outras fases da carreira, como faixas do aclamado trabalho solo de estreia “Babylon By Gus – Vol. I: O Ano Do Macaco” (2004).
SERVIÇO:
O que: Black Alien em Novo Hamburgo
Local: FENAC (Rua Três de Outubro, Portão 11. Bairro Ideal — Novo Hamburgo/RS)
Classificação etária: 16 anos (acompanhado de responsável legal)
Quando: Sábado, 13 de maio, às 23h
Horários:
20h – abertura da casa
23h – BLACK ALIEN
INGRESSOS
PREMIUM
3º lote
Solidário – R$ 125*
Meia – R$ 120**
Inteira – R$ 240
4º lote
Solidário – R$ 135*
Meia – R$ 130**
Inteira – R$ 260
PISTA
2º lote
Solidário – R$ 75*
Meia – R$ 70**
Inteira – R$ 140
3º lote
Solidário – R$ 85*
Meia – R$ 80**
Inteira – R$ 160
4º lote
Solidário – R$ 95*
Meia – R$ 90**
Inteira – R$ 180
Solidário — limitados e válidos somente com a entrega de 1kg de alimento não perecível na entrada do show.
Meia-entrada — para estudantes são válidas somente as seguintes carteiras de identificação estudantil: ANPG, UNE, UBE’s, DCE’s e demais especificadas na LEI FEDERAL Nº 12.933. Não será aceita NENHUMA outra forma de identificação que não as oficializadas na lei.
***Todos os setores são por ordem de chegada
PONTOS DE VENDA
Online (com taxa de conveniência): http://www.bilheto.com.br/evento/1121/Black_Alien (em até 12x no cartão)
Pontos de venda sem taxa (dinheiro, débito e crédito):
Loja Back in Black no Shopping Total (loja 2119, Av. Cristóvão Colombo, 545 – Porto Alegre).
Horário funcionamento: segunda a sábado das 10h às 20h / domingo 14h às 20h.
Origem Tattoo (R. Primeiro de Março, 1198 — Centro, São Leopoldo).
Horário de Funcionamento: de segunda a sexta-feira das 10h às 12h e das 13h30min às 18h30min / sábado das 10h às 12h e das 13h30min às 17h.
Demais pontos de venda (sujeito à cobrança de taxa de conveniência somente débito e crédito):
Toda Música Instrumentos Musicais (R. Vinte e Cinco de Julho, 1116 — Rio Branco, Novo Hamburgo). Horário de Funcionamento: de segunda a sexta-feira das 9h às 18h / Sábado das 9h às 13h.
BLACK ALIEN
Fã de rap, rock e jazz, entre outros estilos, Black Alien tem como característica um flow veloz e um vocabulário fluente. Na primeira metade dos anos 1990, integrou o Speedfreaks ao lado do seminal rapper Speed, com quem ainda faria parceria novamente. Também na última década do século passado, Gustavo — nome de registro — passou pelo Planet Hemp, tocando ao vivo e gravando entre 1997 e 2001.
Já em 2004, saiu sua estreia solo, “Babylon By Gus – Vol. I: O Ano Do Macaco”, apontado como um dos grandes álbuns do rap nacional de todos os tempos. O segundo álbum, “Babylon By Gus – Vol. II: No Príncipio Era O Verbo”, foi lançado em 2015.
Em 2018, numa manhã, durante uma de suas internações, Black Alien mirou o horizonte e finalmente caiu a ficha do tamanho da caminhada e da luta que continuaria tendo pela frente. Após duas décadas de uso contínuo e desenfreado de drogas e álcool — tempo em que transitou por dois mundos paralelos: o de artista e o das drogas, ao lado de pessoas tóxicas — um dos maiores representantes do rap nacional sentia-se abaixo de zero.
Black Alien transformou as dores e a persistência em rimas, se uniu ao produtor Papatinho e criou o álbum “Abaixo de Zero: Hello Hell” (Extrapunk/Altafonte, 2019) trazendo uma certeza: o campeão voltou. Àquela época, as mãos de Black não conseguiam parar de tremer antes de uma talagada de álcool. Ele não conseguia fazer nada sem beber e, quando bebia, nada conseguia produzir. Não tinha documentos, casa, produtora, banda, músicas, concentração, foco ou rumo. As pessoas não o reconheciam mais, fosse por estar vinte quilos abaixo do peso ou pela falta de produção artística em anos.
“O pior mesmo era não me reconhecer no espelho. Eu sabia que tinha que sair daquele inferno e que, quando saísse, enfrentaria a vida normal com a abissal disfunção de mais de vinte anos sem saber o que é isso”, recorda o músico.
A primeira canção foi ‘Carta para Amy’. Ali, Black visualizou o álbum completo. A partir disso foi muito café, conversas e rimas. Mais precisamente dia 9 de outubro de 2018, ele começou a canetar o resto do projeto pra valer. O resultado é um disco sobre novo começo, sem tantas pretensões ou muita filosofia. “Apenas escrevi. As ideias foram surgindo e se conectando naturalmente. O conceito não precisou ser pensado, ele já estava ali. Sonoridade de jazz, estilo musical que mais gosto, e todas as letras com uma forte conexão entre elas. Meus infernos, redenções, próximos infernos. O disco foi escrito enquanto foi gravado. Entreguei o último verso no último dia de gravação”, lembra o cantor.
Mesmo sem ter sido premeditada, a fórmula deu certo. A tour do disco rodou o mundo e Black Alien emocionou plateias de grandes festivais pelo Brasil, lotou casas na Europa e Oceania, ganhou o prêmio Multishow de melhor disco do ano pelo júri e o principal: fez sua mensagem chegar a muita gente. Em novembro, lançou o clipe de ‘Carta para Amy’, dirigido por Gabi Jacob e estrelado por André Ramiro. A produção foi mais uma comprovação do artista completo e moderno que ele é.
Black Alien não pensava em ser artista. Queria ser skatista e estudar Cinema na Universidade Federal Fluminense para ser aluno de Nelson Pereira dos Santos. As poucas vagas, pouco estudo e muita droga atrapalharam que ele passasse na segunda fase. Por ser muito tímido, além de ir por anos e anos ao cinema duas vezes na semana, consumia em quantidade surpreendente literatura, quadrinhos e música. Conheceu o rap aos 12 anos e, com seu flow autêntico, rimas certeiras e papo reto, se tornou uma espécie de instituição do gênero.
AS MÚSICAS:
E como é bom ouvir Black Alien seguindo sua trajetória e mostrando que continua tão bom ou até melhor que antes. “Abaixo de Zero: Hello Hell” chega como prova disso.
Antes da homenagem à falecida cantora inglesa com a música ‘Carta para Amy’, temos ‘Área 51’, na qual ele admite que “plantas dão tédio e são o remédio”. ‘Vai Baby’ não deixa de ser uma canção de amor, aos moldes de seu compositor. Na sequência, ‘Que Nem o meu Cachorro’, primeiro single disponibilizado, e ‘Take Ten’, com referências a Jimmy Hendrix e ao filme “O Médico e o Monstro”.
‘Au Revoir’ é uma canção na qual a sobriedade se mistura com o desejo e o amor, principalmente por si mesmo. ‘Aniversário de Sobriedade’ é
autoexplicativa sobre sua temática, contando com trechos de piano e um solo de sax. Fechando o material, estão ‘Jamais Serão’, um protesto bilíngue com excelentes versos (vide “presidentes são temporários, meu despertar temporão, música boa é pra sempre, esses otários jamais serão”) e ‘Capítulo Zero’, trazendo ideias derradeiras deste novo começo de Mister Niterói e sua lírica bereta.
Assessoria de Imprensa:
Homero Pivotto Jr.
Foto:
Ohshiotbecca