Tiago Arrais reflete sobre seu relacionamento com sua esposa no álbum “Canções de Amor”

Disco conta com nove faixas, incluindo o single “Rio”, que fala dos altos e baixos de um casal, mas como o amor permanece

Tiago Arrais já deu mostras do seu álbum “canções de amor”, que já está disponível em todas as plataformas digitais, com os lançamentos de “ato final” e “caneta e papel”, demonstrando que a poesia e a arte de transformar sentimentos em palavras continua sua grande marca. Agora, com todas as nove faixas disponíveis, é possível ser levado a uma jornada, que tem como pano de fundo a relação de tiago com sua esposa, mas que nada mais é do que um retrato de muitas vidas.

Durante as nove músicas autorais do disco, tiago passa pelas diferentes fases do relacionamento: desde o início do amor romântico, passando pelas incertezas e dúvidas. A produção é mais uma vez de BAERD, que trabalhou também em “a trilha de volta”. “Meu novo disco é simplesmente chamado ‘canções de amor’”, explica Tiago.

Não é complicado, não tem aspirações grandiosas, e a produção como um todo tenta comunicar isso. É um disco com menos elementos instrumentais, mais acústico. Tematicamente falando, pensei nos diferentes estágios da minha relação de mais de 20 anos com minha esposa. Do começo, quando tudo era bonito e colorido, aos dias mais cinzentos, as dúvidas e perguntas que marcaram e ainda marcam nossa relação. Penso esse ser o diferencial desse disco. Escrevi cada música dentro de um desses períodos. Não é autobiográfico, mas comunica o sentimento de cada estação dessa relação de amor. Talvez é nessa tentativa de comunicar sentimentos que o ouvinte poderá se encontrar, se situar, se entender ao ouvir o disco”.

PUBLICIDADE

Créditos da Foto: Divulgação

O single escolhido para acompanhar o lançamento do álbum foi “Rio”, que fala sobre os altos e baixos de um casal, mas como o amor permanece. Tiago conta: “’Rio’ eu fiz recentemente, acho que foi uma das últimas músicas que eu completei pra finalizar o tracklist do disco. E, ‘Rio’, eu a posicionei pro meio final do disco, porque na minha cabeça ela é uma música meio que de transição entre as fases mais inocentes e imaturas da minha relação com a minha esposa para a fase mais madura. Eu acho que esse amadurecimento vem com um reconhecimento dos medos que a gente tem sobre a relação, sobre o nosso lugar diante um do outro e eu acho que sobre as nossas inseguranças, nessa relação e em qualquer outra, de nunca saber o que é de fato que tá acontecendo”.

Uma das influências para a criação da música foi o livro “Tudo é Rio”, da Carla Madeira, como conta o artista: “Essa música eu escrevi depois que eu li o livro, e ele abre com uma conversa sobre como a vida é como um rio, muito movimento, muito altos e baixos, a imprevisibilidade do que o movimento da vida representa para qualquer ser humano, qualquer pessoa, e de como o amor é esse elemento estático, esse elemento que permanece, esse elemento estável no meio da turbulência do movimento que é a vida”.

E continua: “Então lendo o livro, pensando na minha história com a minha esposa, pensando na minha relação, acho que essa pergunta sempre existiu, né? Será que é isso que a gente tem, de fato, aqui? Será que é amor ou é alguma outra coisa? A gente tentando fugir de contextos do nosso passado, da nossa família que a gente não quer vivenciar, não quer repetir. Será que é só um ponto de encontro, um ponto de conforto, ou será que de fato é algo sólido como o amor que a Carla Madeira descreve, né?”.

PUBLICIDADE

A faixa também conta com a participação de Pedro Altério e Tiago dá mais detalhes sobre a composição e reflexões da faixa. “Eu acho que essa música, ainda mais com a participação do Pedro, que é um artista que eu admiro demais desde o 5 a Seco, promove meio que esse diálogo interno, a voz dele, a minha voz, esse diálogo constante que dominou grande parte da nossa história, entre eu e minha esposa, do que é realmente o que a gente tem aqui? Para o final da música que a chave vira, que é: ‘É aqui no meio do escuro. Eu quero olhar nos olhos dos medos que eu carrego em mim’. Então acho que é isso, acho que é esse momento que a gente encara os próprios medos que a gente tenta encobrir, que realmente vem transições importantes na vida e possibilidades de outros mundos, de outras camadas de profundidade, de intimidade dentro da mesma relação. Eu acho que essa música então promove um momento de transição dentro do disco porque foi um momento de transição da nossa vida também, da minha vida, da minha maneira como eu enxergo a minha relação do meu lado. Eu acho que dessa música em diante no disco, ‘canções de amor’, não é que não existem mais problemas e tudo é resolvido, mas acho que certas lições são aprendidas e um certo espaço se abre dentro da movimentação do rio da vida para a construção desse tipo de amor, que é estável, um oásis no meio dessa movimentação toda”.

O músico encerra contando uma curiosidade: “O final da música também é significativo, quando vai com o instrumental, só os violões, a gente não tinha planejado, não tinha escrito isso. Foi no estúdio, eu comecei a tocar violão, tocando a música e a gente começou a fazer essas linhas melódicas no final. Acabaram ficando na gravação. Eu acho que, de uma maneira, pra mim, exemplifica um pouco a movimentação do rio. Dentro de um novo contexto onde a gente entende o nosso amor ser, de fato, esse espaço sólido no meio das transições da vida”.

Repertório “canções de amor”
1- começo (feat. Beta)
2- impermanente (interlúdio)
3- ato final (feat. Maraia Takai)
4- caneta e papel (feat. Lio) – regravação d’Os Arrais
5- a feeling
6- sobre amanhã (interlúdio)
7- rio (feat. Pedro Altério)
8- end times (feat. Julia Knight)
9- outra vez

Assessoria de Imprensa:
Perfexx Assessoria

PUBLICIDADE