A Condição Humana na Experiência Grega, novo de Vicente de Britto Pereira, terá lançamento dia 23 de setembro no Instituto Ling

Terceiro livro do autor Vicente de Britto Pereira, A Condição Humana na Experiência Grega terá lançamento e autógrafos dia 23 de setembro, às 11h, no Instituto Ling

Considerado o mais importante de sua carreira de escritor, Britto Pereira reuniu aqui objetivos e desejos que permearam toda sua vida, e escreveu algo que sempre lhe fascinou: falar da condição humana a partir da civilização grega em seus mais diversos pontos de vista.

Em 2013 o autor publicou “Ensaios sobre a Embriaguez” obra em que procurou colocar o que sabia e havia vivenciado sobre a questão da adição alcóolica e toxicômana. Na atualidade, prestes a completar 20 anos sem consumo algum de álcool, o novo livro e suas 950 páginas sobre a condição humana são motivo de comemoração. “Naquele livro, ficou claro que tanto os adictos alcóolicos, toxicômanos, e os chamados melancólicos, não aceitavam sua condição humana, procurando superá-la das mais diversas formas, mas especialmente mediante a ingestão de substancias químicas capazes de lhes dar uma nova vida. Decidi então investigar em cima de uma experiencia cultural, real, se esse desejo era algo que a humanidade carregava desde sempre ou se existiram sociedades antigas em que bastava a vida destinada aos homens”, reflete o autor. E assim se dispôs a examinar com profundidade o caso concreto da experiencia grega, entre os séculos VIII e V, período entre Homero e Eurípedes, isto é, até o final da Guerra do Peloponeso e a derrocada do Império Ateniense. “O desafio a que me propus era hercúleo, pois não se tratava de qualquer período histórico, mas sim aquele que mais marcas deixou no imaginário ocidental, tanto em termos da criação de um cosmos divino, de grande beleza e complexidade, mas também por que a nível dos homens, eles simplesmente criaram uma sociedade libertadora”, completa.

Vicente de Britto Pereira nasceu no Rio de Janeiro em 1942. Reside em Porto Alegre desde 2003, onde esteve casado com a escritora Lya Luft por mais de 18 anos. Engenheiro mecânico e de produção, consultor de planejamento de transportes desde a década de 1960, foi diretor-presidente de empresas de consultoria. Coordenou e participou de incontáveis projetos nesta área por pelo menos 50 anos, publicou vários trabalhos sobre este tema e um livro sobre o transporte público no Rio de Janeiro. Foi professor de História Econômica da PUC-Rio e pesquisador da Fundação Ford. Além disso, dedicou-se à área de cinema durante um período sendo sócio de empresas de distribuição e produção de filmes. Em Porto Alegre, dirigiu o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER-RS), e teve cargos importantes em muitas empresas públicas e instituições, como a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (AGERGS), a Regional Sul da Associação Brasileira das Agências Reguladoras (ABAR), foi membro dos conselhos fiscal e administrativo das empresas do Grupo CEEE, entre outras. Em 2010 recebeu a medalha do mérito Farroupilha da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. É autor de “Ensaios sobre a embriaguez”, publicado pela Editora Record em 2013, e do livro “Transportes: histórias, crises e caminhos”, publicado pela Editora Civilização Brasileira em 2014, que foi premiado com o Jabuti, primeiro lugar na categoria “Engenharia, Tecnologia e Informática” na 57a edição do prêmio no ano de 2015.

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Texto do autor/ apresentação da obra

Em seu novo livro, “A Condição Humana na Experiência Grega”, Vicente de Britto Pereira retorna a seus ensaios sobre a embriaguez em que ficaram evidentes, mediante abordagens históricas, mitológicas, religiosas e psicanalíticas, que a principal motivação de drogados e alcoolistas era a de superar suas condições humanas em busca de uma vida melhor, com mais sentido. O autor logo constata que a mesma disposição de ultrapassar sua condição humana se encontra presente nas pessoas que antigamente eram denominadas de “melancólicos” e que hoje são classificadas de “depressivas”, particularmente vistas e analisadas, já por Aristóteles no século IV (a.C.), e por Freud e seus seguidores recentemente, levando a um contingente ainda maior de pessoas com aquele desvio comportamental.

Diante desta situação em que o valor e sentido da vida são atualmente depreciados e abandonados, o autor procura explorar esta questão, no âmbito de uma experiência histórica, referida a um determinado período, que deu origem a toda nossa cultura ocidental, na qual ficaram estabelecidos os valores e condições da existência humana, conforme entende-se até hoje. A experiência grega, compreendida como tendo ocorrida no período entre o século VIII com Homero, até o final do século V, com a queda do império ateniense, e a derrota de Atenas na Guerra do Peloponeso é o foco de interesse, pois ali ocorre a emergência do espírito humano, mediante as ações de poetas, historiadores, filósofos, homens de Estado, dentre outros, com suas criações indeléveis para a própria condição humana como a política, a filosofia, a história, o teatro, todas elas englobadas no seio de um cosmos humano, a maior invenção grega, a “polis”.

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Tudo isto foi criado, sempre com determinação e esforço na busca incessante de uma resposta para uma pergunta básica, “o que é o homem?”, e aqui reside a riqueza desta gigantesca herança, pois as respostas foram bem distintas, quer por exemplo, se tratasse do Homero da Ilíada, ou, do Homero da Odisseia, ou do Hesíodo da Teogonia, ou do Hesíodo dos Trabalhos, ou de Sólon, ou de Arquíloco, ou de Teógnis, poetas de seu tempo, ou ainda  dos grandes dramaturgos, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, porém com uma ligação entre elas, que foge à qualquer compreensão imediata, como se fosse um fio invisível, carregado energicamente pelo imaginário grego e por uma humanidade ímpar.

Vicente de Britto Pereira foi buscar este fio com a presente obra, mediante uma análise exaustiva da experiência grega, onde a condição humana é apresentada e discutida com total realismo, sem necessidade de recorrer a dogmas, ideais, modelos absolutos e deuses criadores,  ao aceitar inteiramente toda a precariedade e  finitude da existência humana, ao contrário das tendências que se afirmaram após os filósofos do século IV, especialmente Platão, e da emergência do cristianismo com todas suas consequências para o mundo ocidental.

O livro com sua visão original da experiência grega voltada para a discussão da condição humana oferece suficientes atrativos para sua leitura, tornando-se ainda mais inovador, pois consegue discutir a extrema complexidade das origens da tragédia mediante as mais importantes fontes, interpretando e propondo algumas linhas de pensamentos aderentes às origens dionisíacas e aos rituais de primavera, proporcionando um caminho seguro na análise dos três grandes dramaturgos gregos, Ésquilo, Sófocles e principalmente Eurípides.

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Finalmente o autor analisa em profundidade cada um dos poetas, no que eles têm de maior significado e relevância, sempre colocando em relevo as principais questões abordadas em suas principais obras que dizem respeito à condição humana.

A Condição Humana na Experiência Grega – lançamento do livro de Vicente de Britto Pereira
Dia 23 de setembro, 11h
Instituto Ling – R. João Caetano, 440 – Três Figueiras, Porto Alegre
Entrada franca

Editora Letramento
950 páginas
Preço de capa: Preço 149,90
Disponível nas livrarias Martins Fontes, na Amazon e no site da editora

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Informações para a imprensa:
Bebê Baumgarten Comunicação

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