O quarto disco-solo do músico brasiliense mistura Pop, ambient, trip-hop e foi gravado em Los Angeles
Unindo a canção pop com o piano minimalista e o trip hop, o quarto disco da carreira-solo de Gustavo Bertoni, I Got My Eyes Fixed, gravado em Los Angeles, no estúdio do lendário produtor Mario Caldato, mergulha em sentimentos de liberdade, melancolia e delicadeza com alto teor artístico. O trabalho, produzido por Lucas Mayer, chegou aos aplicativos de streaming no 1 de junho (ouça aqui).
Inspirado em pianistas contemporâneos como Nils Frahm, Hania Rani e Ólafur Arnalds, Bertoni buscou aproximar a música ambiente da canção, como algo que sirva como acompanhamento dos momentos do dia a dia, mas que também seja auto suficiente para ser protagonista de uma escuta. O cantor compôs boa parte do disco utilizando um piano japonês dos anos 40, que encontrou abandonado no depósito de um apartamento durante a pandemia.
Assim como o título do álbum, as faixas possuem um tema em comum: a visão. A ideia surgiu em um consultório de exame oftalmológico, onde Bertoni ficou intrigado com os exames para uma cirurgia de astigmatismo. O processo de dilatar a pupila, ver com mais ou menos clareza, olhar a angulação da córnea e as linhas que ali são traçadas. O artista começou a brincar com a ideia de que se cada um dos tubos que giramos até encontrar o grau certo no exame fosse um pilar do pensamento — como crenças, política, formas de amar ou filosofia de vida. Desta forma, ele faz uma reflexão e provocação sobre como seria criarmos a própria visão de mundo, uma visão autoral e única, que seja, dentro do possível, o menos manipulável por narrativas externas.
Algumas faixas possuem beats enquanto outras são instrumentais, explorando os gêneros que o cantor mais ouviu nos últimos anos. “Acredito que ‘I Got My Eyes Fixed’ é um disco que, de alguma forma, é um pouco mais esperançoso do que os últimos. Há menos culpa ou melancolia em geral nas letras, é um disco bem resolvido.Por mais que às vezes seja denso sonoramente, as letras trazem uma certa busca por simplicidade, uma busca pelo bem-estar que construir essa visão de mundo autoral, que nos dá integridade, pode trazer.”, explica Bertoni.
A questão do tempo é presente no disco, que terá três músicas instrumentais e visualizers em plano sequência. O título I Got My Eyes Fixed representa a intenção de não querer enxergar melhor do que outros, mas sim olhar para o mundo de uma forma autêntica e plural.
I Got My Eyes Fixed aumenta a discografia de Gustavo Bertoni, que lista: The Pilgrim (2015), Where Light Pours In (2018) e The Fine Line Between Loneliness And Solitude (2020).
Ficha Técnica:
Estúdio: Mário Caldato (Los Angeles)
Produção: Lucas Mayer
Todas letras e composições: Gustavo Bertoni
Mix: Ricardo Ponte
Master: Erwin Mass
Participação de Giulia Lins em Daydream
Assessoria de Imprensa:
Trovoa Comunicação