Monstro Discos lança álbum inédito do genial Júpiter Maçã

Vítima de um infarto aos 47 anos, em 2015, o gaúcho Flávio Basso, conhecido como Júpiter Maçã ou Jupiter Apple, foi um dos nomes mais geniais e marcantes do rock brasileiro nas últimas décadas

Rei do psicodelismo, liderou as bandas TNT e Cascavelletes até lançar, em 1997, sua carreira solo com o nome que marcaria de vez sua trajetória. Seu primeiro álbum como Júpiter Maçã, “A Sétima Efervescência”, foi considerado pela revista Rolling Stone um dos 100 maiores álbuns da música brasileira. E na sequencia vieram outras obras-primas como “Plastic Soda” (1999), “Hisscivilization” (2002), “Bitter (com Bibmo)” (2007) e “Uma Tarde na Fruteira” (2007), sempre acompanhados por shows viscerais e marcantes.

A Monstro Discos teve o privilégio de lançar vários desses discos (além de compactos em vinil) e estabelecer uma relação muito próxima e marcante do Flávio. E agora, apresenta um tesouro que estava escondido. O disco “Sugar Doors“, que sai em vinil (nas cores laranja ou preto) e CD, é fruto de uma série de gravações feitas no ano 2000 por Júpiter ao lado do baterista Clayton Martin e do guitarrista Ray-Z, ambos ex-integrantes da banda Os Ostras e Detetives e amigos de longa data de Flávio.

Para entender o contexto, é preciso lembrar que, naquele momento, Júpiter estava voltando a São Paulo depois de umas férias em Londres. Ele queria montar uma nova banda e voltar aos palcos. Juntou-se, então, aos dois amigos e, no estúdio montado na garagem da casa do baterista Clayton, começaram a ensaiar e a registrar, em um estúdio portátil (Tascam) de quatro canais, as novas composições que iam surgindo.

PUBLICIDADE

Este é o material que está em “Sugar Doors“. São canções que depois ganhariam novos arranjos e roupagens e fariam parte do repertório de “Uma Tarde na Fruteira” ou algumas lançadas como singles. Mas há também material inédito e a faixa-título, por exemplo, é uma versão em inglês de “As Tortas e as Cucas“, do álbum “A Sétima Efervescência“.

Sugar Doors” é um verdadeiro tesouro. Um trabalho inédito, póstumo, e que revela mais uma das facetas desse genial artista. Um disco cru, uma experiência única, analógica, em quatro canais e com um trio básico (baixo, guitarra e bateria) que ganhou masterização de Arthur Joly e um trabalho cuidadoso em relação às artes (com foto da época) e texto (do jornalista Pedro Brandt, autor da biografia do músico) que acompanham o disco.

Mais uma vez, lá do cosmos, do infinito, Júpiter Apple nos surpreende com mais um trabalho primoroso e essencial. Viva Júpiter Maçã!

PUBLICIDADE

Informações para Imprensa:
Leonardo Razuk

Foto:
Sidd Rodrigues

PUBLICIDADE