“Coisas Tolas” é o clipe novo da banda Plural, que traz um olhar de família como é conviver com alguém que tem síndrome de down

O ideia de lançar o vídeo hoje (21) – Dia Internacional da Síndrome de Down – é reforçar a importância da visibilidade e do protagonismo como poderosas e efetivas formas de provocar reflexões e mudanças, individuais e coletivas, rumo à aceitação da diversidade

A produção revela o olhar de quem convive com um down, mostrando cenas do cotidiano. Algo que pode surpreender. Afinal, é basicamente uma rotina comum, que envolve diversão e compromissos. A ideia é ressaltar que a sequência diferenciada nos cromossomos não implica, necessariamente, em uma vida longe dos padrões tidos como normais. 

Fui filho único até meus 16 anos e sempre sonhei em ter um irmão. Logo, o nascimento do Nícolas foi um marco na minha vida, uma revolução. A existência dele é, sem sombra de dúvidas, um sonho real e em contínuo florescimento”, confessa o primogênito, complementando sobre o tema que escreveu:

As coisas tolas são todas aquelas que dificultam a jornada de ser o que se quiser ser. Como diz a letra: sobreviver sem se entregar a qualquer barreira que a vida criar / e ascender contra todo o mal que vier a te encontrar e vier a te enfrentar.

De acordo com o guitarrista, “Coisas Tolas” começou como uma espécie de empreitada solo. A faixa foi criada em 2014 e, no ano seguinte, ganhou uma gravação caseira, bem como um videoclipe com imagens ilustrando diferentes fases do crescimento de Nícolas. Agora, o tema ganha roupagem atualizada com a adição de Cassia Segal (voz) e Renato Siqueira (bateria), colegas de Lucas na Plural.

Novamente eu filmei e editei, tendo como principal intenção mostrar o Nícolas bem de perto, oferecendo uma experiência imersiva e contagiante por meio de situações simples e de expressões cativantes”, destaca Lucas.

Sobre a intenção de criar um relato sensível sobre a própria vivência, o autor reflete:

É muito intensa e mágica a experiência de ter o Nícolas como irmão. Ele ter síndrome de Down me influenciou, inclusive, na escolha pela formação em Psicologia e na atuação como acompanhante terapêutico (AT) na área de inclusão. Diversidade, inclusão e arte são fenômenos que podem dialogar de maneira brilhante desde que estejam envoltos pelo acolhimento, pelo interesse, pela entrega e pela sensibilidade.

Segundo Lucas, fazer o lançamento da produção audiovisual no Dia Internacional da Síndrome de Down reforça a importância da visibilidade e do protagonismo como poderosas e efetivas formas de provocar reflexões e mudanças, individuais e coletivas, rumo à aceitação da diversidade.



Sobre a Banda:

O mundo nos joga para a individualidade e nos cobra que sejamos originais. Mas é preciso também pensar no coletivo sem esquecer-se da própria identidade. Essa é a premissa da banda Plural, que levanta a bandeira da diversidade, de se acolher o diferente, de se conviver harmoniosamente com as particularidades que constituem nossas relações. E também, claro, de trabalhar o ecletismo e suas possibilidades dentro da música.

Formado em 2018, o trio porto-alegrense aposta numa mistura dialética entre peso e sutileza. As composições bem arranjadas, que por vezes carregam certa tensão no instrumental em contraposição ao vocal limpo e marcante, ressaltam essa característica. O grupo apresenta influências que variam do rock mais visceral à MPB, e essas referências ajudam na construção de uma sonoridade própria, que traz à tona vivências de cada um dos três integrantes – Cassia Segal (voz), Lucas Bramont (guitarra e voz) e Renato Siqueira (bateria).

A ideia para a empreitada musical surgiu depois que o guitarrista e compositor reencontrou a cantora e amiga, com quem já dividiu projetos no passado. Já Renato, conhecido da dupla, chegou um pouco depois e também trouxe a experiência de quem tem projeção no cenário rocker. O curto tempo na ativa já rendeu alguns registros: são quatro músicas nas plataformas digitais, um videoclipe oficial, três lyric videos e inúmeros registros ao vivo no estúdio e em casa. Ouça, tire suas conclusões e não esqueça: seja singular, pense Plural.

Reprodução: Spotify

Informações para Imprensa:
Homero Pivotto Jr

Spotity da banda: https://spoti.fi/3L7ikSV

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Sobre Alex Vitola

Há alguns anos atrás jamais imaginei trabalhar com fotografia ou jornalismo. São mais de 20 anos na área de TI, em diversos provedores de Hospedagens como Administrador de Sistemas, Analista de Suporte e Consultor Técnico. Por questões particulares resolvi "dar um tempo", tirar umas férias de tudo. Neste meio tempo, comecei a fotografar e fazer a cobertura de shows e eventos culturais, apenas como um Hobby, não queria viver disso, não queria uma nova profissão. Com o passar do tempo a coisa foi ficando séria até que e em novembro de 2020 com apoio da Secretaria da Cultura do RS e da Feevale, lancei o projeto “PALCO-RS, uma Exposição Virtual dos principais shows nos palcos de Porto Alegre”. Veio a pandemia, e sem eventos presenciais entrei pra Faculdade de Jornalismo e paralelo a isso continuei estudando edição de imagens, produção cultural, marketing digital, gestão de tráfego e obviamente nunca deixando os estudos da área de TI de lado. Em 2023 fui finalista do Prêmio Profissionais da Música 7ª Edição na categoria "Convergência" "Canais Digitais de Divulgação da Música". Atualmente trabalho com Gestão de Tráfego Pago além de fazer a co-produção do Podcast Entrevista de Atitude.