Clarice Muller escreve desde sempre. Tem amor pelas palavras, afinidade, identificação. Do primeiro livro Veroverbo, composto por narrativas breves em parceria com Cláudio Santana, até o Somos Todos Caim, que será lançado na FestiPoa, se passaram dezenove anos
Mas o amor, a afinidade, o desejo da escrita esteve latente todo esse tempo, aguardando o momento certo pra sair da toca. A publicação ganha lançamento na FestiPoa Literária dia 17 de maio, às 21h30. “O livro de contos foi todo gestado durante a oficina ministrada pelo escritor Reginaldo Pujol Filho, que foi fundamental na análise crítica de cada texto e no estímulo para publicá-los”, afirma a autora, feliz por dividir essa mesa com o escritor.
“Desde que fui alfabetizada fiz das palavras meu principal domínio, falando ou escrevendo. Na escrita encontrei um meio de expressão que se tornou indispensável, mesmo nos longos períodos em que não desenvolvi trabalho criativo constante. Nessas épocas, na falta de uma disciplina que me impusesse escrever diariamente, participava de oficinas de criação literária que mantinham a prática viva, ainda que não permanente”, conta Clarice.
Os dezenove anos fizeram muita diferença na vida e na arte, na forma de ver e compreender os próprios processos, no uso da memória e da imaginação como elementos criativos que ajudam na formação de linguagem própria, na percepção de que há múltiplos caminhos a serem percorridos, sem obsessão de acertar, sem medo de errar.
“Somos todos Caim se debruça em diversos temas: político (A dança das horas, Contra a parede, Senhor X, Somos todos Caim), amoroso (O que o vento varre, A metade da laranja, Sábado de Aleluia, Unforgetable), volta ao mundo (Anchorage, O bosque, O fio da meada) e outros de difícil definição, como os dois que eu chamo de série Joelma e que tem especial significação para mim. A ideia inicial era criar muitos contos para depois, em algum futuro distante, selecionar os melhores e então pensar em publicação. Mas veio a(s) peste(s) ensinando que se correr o bicho pega, se ficar o bicho come e que sim, estava na hora de criar o livro e publicar porque o principal eu havia conquistado: permanecer viva. E se a peste sanitária se alongar, ao menos a peste política podemos enfrentar, que a melhor maneira de afastar os monstros é olhando para baixo da cama. Eles detestam surpresas” reflete a autora.
Somos todos Caim está em pré-venda na Livraria Baleia, parceira da FestiPoa. Com 92 páginas e preço de capa será de R$ 42, na pré-venda custa R$ 38. A partir do lançamento oficial, dia 17 de maio, o livro estará em todas as livrarias.
SOMOS TODOS CAIM – livro de contos de Clarice Muller
Lançamento dia 17 de maio, às 21h30min
Mesa com Reginaldo Pujol Filho
O livro está em pré-venda na Livraria Baleia por R$ 38
Informações para a imprensa:
Bebê Baumgarten Comunicação