“Incorrigível”: EP de estreia de Volpi The Artist é uma alfinetada na cultura machista

Pics Arte e Entretenimento | “Incorrigível”: EP de estreia de Volpi The Artist é uma alfinetada na cultura machista
Capa do EP “Incorrigível” – Foto de Yuukura (Fernanda Gonçalves) e design de Gisele Calavera

A artista de Belo Horizonte canta temas sobre liberdade e empoderamento, transcende a expectativa da sociedade quanto à conduta feminina e traz inovação no cenário da música pop

Originalidade para lidar com diversos ritmos e temáticas. É assim que a multiartista mineira Volpi The Artist se entrega no EP “Incorrigível”, lançado nesse 13 de dezembro nas plataformas de streaming. O EP tem quatro faixas autorais e inéditas, com feat. de sua conterrânea Alana Fox.

Volpi The Artist – Baby (Lyric Video): https://www.youtube.com/watch?v=8Qt-bOmSmH0

O nome do EP é uma referência direta à Maria, sua amiga que faleceu em 2022. Maria tatuou a palavra em sua pele. “Meus pais diziam que eu não tinha mais jeito, que eu era um caso perdido, incorrigível“, contou Maria à Volpi quando questionada sobre a tatuagem. O título rendeu uma boa escolha para o nome do EP, pois os versos de “Incorrigível” são transcendentais aos padrões sociais, principalmente quanto à conduta feminina.

Maria ressignificou essa palavra, e eu comecei a enxerga-la como uma virtude que poucos possuem: a coragem de ser você mesmo. Existem várias coisas em mim que na opinião de muitas pessoas, precisa ser corrigido, como o tamanho do meu corpo ou minha sexualidade por exemplo, e quando eu precisei de um nome pro meu EP eu percebi que de certa forma, todas as faixas presentes no EP se conectaram através dessa palavra. Me orgulho de ser incorrigível, como a Maria era. Infelizmente a Maria veio a falecer em 2022, e essa foi uma forma que encontrei de homenagear ela.”, contou.

Eu já tinha todas as composições quando tive a ideia, cada uma foi escrita em um momento diferente da minha vida, mas eu nunca acreditei em mim o suficiente pra realmente gravar e fazer acontecer o que eu sempre sonhei. Eu não tinha condições financeiras pra gravar minhas músicas e não tinha quem me ajudasse, sempre pareceu um sonho muito distante. Quando perdi Maria, minha melhor amiga, eu percebi que a vida não iria fazer sentido se eu não tentasse pelo menos uma vez ser a artista que sempre sonhei em ser, e foi quando me lembrei das composições que eu tanto amava e me divertia cantando sozinha.

Como dito, o EP aborda questões sobre as mulheres, mas com olhar tão crítico quanto pessoalista e esperançoso quanto a dias melhores para elas. Assim, a primeira música, “Baby”, tem como temas a independência financeira, união e empoderamento entre as mulheres. A faixa “Gigante” é sobre aceitação, amor próprio e autoestima, enquanto “Âncora” fala de dores, revoltas, e a superação das feridas. “Boneca”, faixa de encerramento, retrata um romance entre duas mulheres, uma cis e uma travesti, e a mensagem central é de visibilidade a todos os tipos de relações, de amor e liberdade.

O EP tem uma sonoridade original e rica em diversidade, o que dificulta estabelecer um gênero específico. “É difícil colocar o ‘Incorrigível’ em uma caixinha, porque o ‘Incorrigível’ é um grande mousse dos meus ritmos favoritos. As músicas ‘Baby’ e ‘Gigante’ são trapfunks, ‘Boneca’ é um arrocha e ‘Âncora’ é um boombap com solos de guitarra. Eu queria mostrar no meu primeiro EP a minha versatilidade na música, quis me permitir fazer tudo que eu queria e do jeito que eu queria, ser ‘Incorrigível’ é sobre isso. Mas se fosse pra escolher um gênero, eu diria que esse é um EP de pop, porque o pop nacional/brasileiro é justamente isso, uma grande mistura de ritmos.

Volpi reforça que o EP foi feito para mulheres que precisam se amar e se perdoar, e tem uma mensagem de empoderamento e aceitação. “Quero muito que mulheres de todas as cores, tamanhos e idades se identifiquem e dancem muito (e chorem muito também rs) ouvindo.”, convidou a artista.

Sobre Volpi The Artist
Volpi The Artist tem 27 anos, nasceu e vive atualmente em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em 2018, iniciou o projeto Foto de Mulher (@fotodemulher), com fotografia de nu artístico e pintura corporal, que inclui poesia e performance. Volpi também trabalha com fotografia comercial em vários segmentos (@photoartvolpi), e recentemente passou a realizar ensaios para capas de singles/álbuns. Volpi é artesã, pinta telas, MDF e roupas. Também é dançarina, estuda dança do ventre a dois anos e em 2025 pretende começar a competir em festivais. Além disso, Volpi ainda tem interesses como roteirista, diretora, atriz e dubladora de filmes e séries.

Na música, estreou em 2021 com o single “Remember”, parceria com o rapper capixaba Alex Emissário. Em 2022 e 2023 trabalhou nas composições do EP “Incorrigível”. No primeiro semestre de 2024 gravou as faixas com a parceria da cantora e produtora musical Alana Fox, lançando o EP em dezembro. No mesmo ano produziu e lançou o videoclipe da música “Baby”.

A dança, a pintura, o teatro, a escrita, a fotografia, a música, eu diria que a Volpi é uma junção de tudo isso, e mais do que tudo minha persona artística é livre para fazer o que quiser e explorar as possibilidades. Algumas pessoas me questionam porque comecei tão tarde na música, e eu me pressionei muito pra finalmente começar, mas hoje eu entendo que estava me preparando, estudando, melhorando, pra quando chegar esse momento eu poder dar o meu melhor.”, disse ela.

FICHA TÉCNICA:
Beat/mixagem/masterização/Produção musical de todas as faixas: Alana Fox
Composição de todas as faixas: Volpi the Artist
Guitarra da música “Âncora”: Filipe Bragio Konieczna
Participação na composição da música “Boneca”: Alana Fox

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Fonte: Redação

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