Evento conta com financiamento Pró-Cultura RS – Governo do Estado do RS, patrocínio das Tintas Renner by PPG e apoio Elev Energy Drink. O primeiro festival de muralismo e arte pública de Porto Alegre já realizou duas edições e conta com nove obras no Centro Histórico e Cidade Baixa
Os porto-alegrenses que circulam pelo Centro Histórico terão, a partir deste mês, mais quatro motivos para olharem para cima enquanto estiverem circulando pela região. O primeiro festival de muralismo e arte pública de Porto Alegre, o Festival Olhe pra Cima, promove sua terceira edição com ações em novembro e dezembro, com a pintura de mais quatro empenas, totalizando 13 obras em prédios no Centro Histórico e Cidade Baixa, somando mais de 5 mil m2 de intervenções artísticas pelo município. Para esta edição, o projeto convidou os artistas Pamela Zorn, Cacau Weimer, Tiago Berao e Xadalu Tupã Jekupé que transformarão as fachadas de prédios nas ruas dos Andradas, Jerônimo Coelho e Coronel Genuíno em telas.
Cada mural conta uma história e vários simbolismos estão escondidos atrás das cores e formas que compõem as obras de arte. Segundo o criador e curador do projeto, Vinicius Amorim, “estes murais ressignificam a maneira como nos relacionamos com a cidade e também com a arte. Nosso convite é fazer com que a gente olhe pra cima e descubra ângulos novos da nossa cidade, que se transformou em uma galeria de arte a céu aberto – com arte pública, democrática e acessível para todos”, revela.
Com financiamento Pró-Cultura RS – Governo do Estado do RS, patrocínio Tintas Renner e apoio Elev Energy Drink, o festival inicia as pinturas das cinco intervenções artísticas a partir de 12 de novembro, iniciando por Pamela Zorn, que ocupará a fachada na rua Coronel Genuíno, e devem encerrar em 20 de dezembro. Cada mural leva em torno de 20 dias para ser pintado, dependendo de questões como clima e complexidade de cada desenho. Serão mais de 1.200 litros de tintas e vernizes da marca Tintas Renner by PPG utilizados no total. Em torno de 60 profissionais estão envolvidos no projeto, entre artistas, assistentes, produtores, técnicos, engenheiros e bombeiros, entre outros.
“Nossa meta é alcançar o máximo de regiões possíveis ao longo dos anos. Sabemos que essa mudança na paisagem urbana vai para além de revitalizar os prédios, pois traz transformações de impacto social: a arte pública promove na comunidade o desenvolvimento conjunto econômico, cultural e social, e para o indivíduo, os benefícios podem ser vistos na saúde, no desenvolvimento cognitivo, psicológico e também nos laços interpessoais. O projeto visa resgatar a sensação de pertencimento da comunidade, deixando para trás a sensação de que as vias públicas são meras passagens, mas sim espaço de arte, reflexão, beleza e contemplação”, declara o Gestor Cultural, responsável no sul do país pelo projeto canadense – Art Battle – maior competição de pintura ao vivo do mundo e que ocorre desde 2016 em Porto Alegre.
Ação social contará com intervenção artística coletiva no bairro Sarandi e abre convocatória a partir de 16 de novembro
Nas edições de 2021 e 2022, o Festival Olhe pra Cima realizou duas ações sociais: a pintura de mural no Território Ilhota e na fachada da Casa de Acolhimento Mulheres Mirabal. Em 2024, será a vez do bairro Sarandi, um dos mais atingidos pela enchente deste ano, a receber uma intervenção artística coletiva assinada por 10 artistas juntamente com o Coletivo Abrigo, uma organização de educação, cultura, esporte e assistência social fundada em 2015.
O Coletivo Abrigo, foi o idealizador do projeto Viva Elizabeth: Diálogos que transformam a vila é uma rota turística de graffiti localizada na periferia de Porto Alegre, na Vila Elizabeth, inspirado na Comuna 13 de Medellín. Com quase 2km de extensão, essa iniciativa reúne a expressão artística de 36 artistas, transformando a comunidade em uma vibrante galeria de arte a céu aberto. Além de estimular o turismo periférico, o projeto busca descentralizar os investimentos em cultura, impulsionar a economia local e celebrar a identidade cultural única da região.
O Festival selecionará 10 artistas que se inscreverão através de convocatória através do site do evento. Os selecionados receberão um cachê de R$1.200 (mil e duzentos reais) e desenvolverão uma obra conjunta que integrará o tour.
“A preocupação social sempre esteve presente em nosso festival, porque nosso objetivo também é aproximar a arte daqueles que estão muito distantes dela, como os bairros periféricos com vulnerabilidade social”, declara Amorim.
As inscrições para a convocatória encerram em 08 de dezembro e os artistas selecionados serão divulgados em 14 de dezembro.
Para mais informações, acesse:
www.olhepracima.com.br
www.instagram.com/olhepracima.art
FESTIVAL OLHE PRA CIMA 2024
Pinturas iniciam em 12 de novembro – previsão de entrega até 20 de dezembro
Artistas participantes e locais selecionados:
CACAU WEIMER
RUA JERÔNIMO COELHO, 102 – CENTRO HISTÓRICO – POA/RS
Artista visual e professora de arte. Cacau Weimer nasceu em 1993 em São Leopoldo, RS. Graduada em Licenciatura (2015) e Bacharelado (2023) em Arte Visuais pela UFRGS. Conta com participações em exposições coletivas e individuais na região e alguns de seus trabalhos disponíveis encontram-se na Casa Musgo em Porto Alegre. As suas investigações poéticas permeiam pela representação na linguagem e materialidade da pintura, tendo sua pesquisa marcada por referências visuais de objetos inanimados, plantas, espaços de intimidade e cotidiano doméstico. Premiada em 2022, no 23o Salão de Artes da Câmara Municipal de Porto Alegre com o Prêmio Incentivo à Criatividade e também, em 2015 no IX Prêmios Açorianos de Artes Visuais, como Destaque Institucional do Acervo Independente, do qual foi cofundadora, artista residente e atuou ativamente na equipe da galeria, promovendo exposições e eventos culturais no espaço de 2013 a 2017. Atualmente, também atua como professora de arte no Ensino Médio na instituição Senac-RS em São Leopoldo.
PAMELA ZORN
RUA CORONEL GENUÍNO 194 – CENTRO HISTÓRICO – POA/RS
Pamela Zorn (@pamelazorn_art) é artista visual e arte educadora. Bacharela em Artes Visuais (UFRGS), está atualmente desenvolvendo seu Mestrado em Poéticas Visuais na mesma universidade. Tem experiência com mediação educativa em museus e ministra oficinas de arte independentes. Em 2022 conquistou o Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea, além do Destaque Artista no XV Prêmio Açorianos em Artes Plásticas, em Porto Alegre. Sua principal linguagem é a pintura, embora utilize fotografia, desenho e escrita subjetiva em seu processo artístico. Em sua pesquisa artística investiga questões sobre memória, autorrepresentação e relações raciais, a partir do uso de álbuns de família como motivo representacional.
Entre as exposições que participou, destacam-se: “DOS BRASIS, arte e pensamento negro” (coletiva), no SESC Belenzinho em SP (2023/2024); “Sempre venho, talvez, daquele outro porto” (individual), no Centre Intermondes em La Rochelle, França (2022); “Presença Negra no MARGS” (coletiva), no MARGS (2022); “Pintura e Desenho: A Novíssima Geração V” (coletiva), no Museu do Trabalho (2022) e “Entre Lugares” (individual), curadoria de Daniele Barbosa, na Fundação Força e Luz (2021).
TIAGO BERAO
RUA JERÔNIMO COELHO, 44 – CENTRO HISTÓRICO – POA/RS
Natural de Porto Alegre (1989), graduado em Comunicação Visual pela ESPM (2013). Inicia sua trajetória artística a partir da motivação pelo desenho que posteriormente se estendeu ao estudo e prática da pintura e pintura mural. Como mais 15 anos de atividade, participou de ações artísticas de âmbito nacional e internacional, como: Art Battle (2023); Festival Arte Salva (2020) e Meeting of Styles Brazil (2019) e mostras coletivas, como: Van Gogh Art Gallery Collective Group Show (Espanha, 2022); Pax Pop Up (2019); Universo Urban Arts (2015) e Desenhos – Espaço Cultural ESPM (2008). Premiado pela revista Zupi no concurso Sharpie em 2012. Atualmente, se dedica a sua prática e pesquisa em pintura explorando diferentes linguagens, que vão da figuração a abstração, e busca em suas vivências, a proximidade com a natureza e práticas de meditativas a sua principal temática.
XADALU TUPÃ JEKUPÉ
RUA DOS ANDRADAS 1814 – CENTRO HISTÓRICO – POA/RS
Xadalu Tupã Jekupé é um artista indígena. Nascido em Alegrete (RS), no pampa gaúcho, tem sua origem Guarani ligada aos indígenas que historicamente habitavam as margens do Rio Ibirapuitã, na antiga terra Ararenguá: os Guaranis Mbyás, Charruas, Minuanos, Jaros e Mbone. Em suas obras, usa da serigrafia, da pintura, da fotografia e de diversos objetos para abordar a tensão entre a cultura indígena e ocidental nas cidades, tendo sua pesquisa voltada aos processos coloniais de catequização dos povos indígenas. Como artista residente, já esteve em países como França, Espanha, Itália, além de ter participado do programa de residências da 35a Bienal Internacional de São Paulo, com foco no território Mapuche (Chile).
Entre suas exposições individuais podemos destacar “O Jardim Guarani” (2022) no Centro Cultural São Paulo (São Paulo, Brasil); Antes que se apague “territórios flutuantes” (2022) na Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre,Brasil); “Invasão Colonial Yvy Opata ‘A terra vai acabar’” (2022) no Museu das Culturas Indígenas (São Paulo,Brasil); “Tekoa Xy ‘A Terra de Tupã’” no Instituto Inclusartiz (Rio de Janeiro, Brasil); “Portal Sul ‘Tucum’” (2021) no Centre Intermondes (La Rochelle, França). Ganhou o Prêmio Humanidades (2014) em Homenagem pela defesa da causa indígena aliada às questões sócio culturais deste tempo e o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas (2019) na categoria Artista Revelação, além de ter sido indicado ao Prêmio Pipa 2022, entre outros. Atualmente participa da Bienal das Amazônias (Belém, Brasil). Sua obra faz parte de coleções de Museus no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Madri, na Espanha.
Saiba Mais:
A Tintas Renner by PPG é uma marca consolidada no sul do país e expande sua presença no mercado nacional. É reconhecida por diversas premiações da região, entre elas o Top of Mind, da Revista Amanhã, e o Marcas de Quem Decide, do Jornal do Comércio. Apresenta mais de 2.000 cores através do sistema tintométrico “Voice of Colour“ e o mais completo portfólio de produtos para proteger e embelezar ambientes. Faz parte do grupo PPG, que é referência global em tintas, corantes e especialidades nos segmentos industrial, de manutenção e comercial. Com modelos inovadores e gestão de excelência, a Tintas Renner by PPG concretiza seu diferencial conectando-se à vida das pessoas. Entre as principais linhas da Tintas Renner by PPG está a Rekolor Gold, composta por acrílicos super premium de alta performance. Acompanhe a Tintas Renner by PPG no site oficial e nas redes sociais: www.tintasrenner-deco.com.br / @tintasrennerbr.
Elev Energy Drink – Os energéticos Elev são os combustíveis oficiais dos rolês infinitos e da inspiração sem fim. A marca, lançada em 2017, foi revolucionada em 2022, passando a patrocinar e dar visibilidade a artistas urbanos e eventos que promovam música, arte, dança e toda expressão que une o humano à cidade. Este novo momento não é uma fase, é o atestado de maturidade de uma marca que chegou na cena para ficar. Experimente Elev Energy Drink, o energético da Fruki Bebidas, e sinta o sabor do infinito.
Vinicius Amorim é bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas pela PUCRS, atuou por mais de 10 anos com marketing promocional, planejamento e concepção de projetos, em agências e produtoras de eventos. Em uma temporada de dois anos em Barcelona, na Espanha, conectou-se com o universo cultural e do entretenimento. Em 2014, começou a desenvolver projetos com foco nas artes visuais.
É curador e produtor executivo no Sul do Brasil pelo projeto canadense “Art Battle”, maior competição de pintura ao vivo do mundo. Foi responsável pela Fábrica São Geraldo, galeria de arte, estúdio e espaço multiuso para iniciativas culturais, localizada no 4º Distrito de Porto Alegre (RS) – que, durante três anos, ressignificou um antigo galpão abandonado através da arte.
Atualmente, está à frente da Pólen – Arte em Movimento, ecossistema de arte que atua na concepção, curadoria, produção e elaboração de projetos do universo cultural e leis de incentivo à cultura.
Fonte: Redação