35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível encerra o ciclo de itinerâncias na Fundação Iberê

Pics Música e Cultura | 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível encerra o ciclo de itinerâncias na Fundação Iberê
Crédito: Levi Fanan

Entre os 121 participantes, sete deles estarão presentes com suas obras em Porto Alegre: Aurora Cursino dos Santos, Katherine Dunham, MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), Nontsikelelo Mutiti, Rosana Paulino, a dupla Simone Leigh e Madeleine Hunt-Ehrlich e Ubirajara Ferreira Braga. Os trabalhos selecionados para a última itinerância refletem diálogos sobre ancestralidade, memória e as complexas relações entre corpos, territórios e resistência. Abertura ocorre no dia 30 de novembro, às 14h

De 30 de novembro de 2024 a 9 de março de 2025, Porto Alegre receberá a última parada da itinerância da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, uma exposição correalizada pela Fundação Ibe e a Fundação Bienal de São Paulo.

O evento encerrará o ciclo de exposições que, ao longo de 2024, percorreu dez cidades brasileiras e três internacionais, como Buenos Aires (Argentina), La Paz (Bolívia) e Luanda (Angola), ampliando as discussões propostas pela Bienal em sua última edição, realizada em 2023 no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Ao todo, a 35ª Bienal de São Paulo alcançará 14 cidades, incluindo seu último destino: Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a itinerância em Porto Alegre reforça o compromisso da Bienal de São Paulo em expandir suas temáticas e artistas para além da capital paulista, promovendo o diálogo entre culturas e questionando o visível e o invisível, o real e o imaginário.

Entre os 121 participantes da 35ª Bienal de São Paulo, sete deles estarão presentes com suas obras na Fundação Iberê: Aurora Cursino dos Santos, Katherine Dunham, MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), Nontsikelelo Mutiti, Rosana Paulino, a dupla Simone Leigh e Madeleine Hunt-Ehrlich e Ubirajara Ferreira BragaOs trabalhos selecionados para a última itinerância refletem diálogos sobre ancestralidade, memória e as complexas relações entre corpos, territórios e resistência, temas centrais desta edição da Bienal.

A 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível explora as complexidades urgências do mundo contemporâneo ao abordar transformações sociais, políticas e culturais. A curadoria busca tensionar os espaços entre o possível e o impossível, o visível e o invisível, o real e o imaginário, dando voz a diversas questões e perspectivas de maneira poética. A coreografia, entendida como um conjunto movimentos centrados no corpo que desafia limites, considera diversas trajetórias e áreas de atuação, o que cria estratégias para enfrentar desafios institucionais curatoriais. Com suas próprias relações, tempos e espaços, as coreografias impossível oferecem uma experiência marcante aos visitantes.

Para os curadores, sempre foi crucial que a exposição alcançasse outras cidades além de São Paulo. Segundo eles, “os debates propostos pela 35ª Bienal atravessam inúmeros territórios de todo o mundo; assim, que as coreografias impossível não estejam restritas ao Pavilhão da Bienal é de extrema importância para o trabalho realizado”.

A 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível alcança Porto Alegre em momento de grandes desafios para a cidade, recentemente impactada pelas chuvas e enchentes que tanto afetaram a região. É nesse contexto que a parceria com a Fundação Iberê ganha ainda mais significado, proporcionando um espaço de acolhimento e reflexão para seu público e reafirmando o papel da arte como forca reparadora. Esta mostra é um exemplo do compromisso de ambas as instituições com a cultura e sua extrema importância em momentos de reconstrução”, afirma Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo.

Ações com a equipe de educação da Fundação Bienal de São Paulo
Durante as itinerâncias, a Fundação Bienal de São Paulo, em conjunto com as instituições parceiras, realiza duas frentes de trabalho educativo que se complementam. São elas as ações de formação com as equipes de mediadores e educadores da cidade, e ações de difusão para o público interessado geral.

No dia 30 de novembro, sábado, dia da inauguração da itinerância, a equipe educativa da Fundação Bienal de São Paulo realizará uma visita mediada, às 15h30. A atividade oferece ao público a oportunidade de conhecer as obras e os conceitos curatoriais das coreografias do impossível a partir dos principais temas propostos contexto dos participantes selecionados para a mostra itinerante.

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Sobre a Fundação Bienal de São Paulo
Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos vinculações político-partidárias ou religiosas, cujas ações visam democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística.

A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição do hemisfério Sul, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea referência na América Latina (Arquivo Histórico Wanda Svevo), e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico.

Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.

Sobre a Fundação Iberê
A Fundação Iberê é uma instituição cultural sem fins lucrativos, criada em 1995 para investiga preservar e divulgar a obra e trajetória de Iberê Camargo. Em 2008, passou a operar no prédio projetado pelo renomado arquiteto português Álvaro Siza, responsável pela criação de diversos marcos na história da arquitetura internacional e ganhador do Prêmio Pritzker de 1992. O projeto conquistou importantes premiações, como o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2002, e o Mies Crown Hall Americas Prize, em 2014.

A partir de 2017, a Fundação passou por um intenso processo de reposicionamento institucional, com o objetivo de expandir sua atuação nas artes de forma a desenvolver uma programação mais diversificada, abrangente e democrática, partir de um conjunto de programas públicos que busca dialogar com os variados campos do conhecimento. A cada ano, são organizadas exposições, seminários, encontros com artistas e curadores, oficinas, entre outras atividades, que versam sobre a obra de Iberê e sobre temas ligados à arte moderna e contemporânea, articulando, além das artes visuais, as demais manifestações artísticas – como a música, o design e a arquitetura – e os mais diversos campos do conhecimento.

Serviço 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível
Itinerância Porto Alegre – Fundação Iberê
Curadoria:
 Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel
30 nov 2024 – 9 mar 2025
qui – dom, 14h – 18h (última entrada)
Fundação Iberê
Av. Padre Cacique, 2000
Porto Alegre, RS

Visita mediada com equipe de educação da Bienal
30 nov 2024
sáb, 15h30
Fundação Iberê
Av. Padre Cacique, 2000
Porto Alegre, RS
entrada gratuita
Para mais informações sobre as visitas do programa educativo: educacao@bienal.org.br

Fonte: Redação