Corpocidade, espetáculo teatral com Gabi Faryas, estreia dia 29/08 no Teatro CHC Santa Casa em curta temporada

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Corpocidade

Em seu primeiro trabalho solo, o artista multimídia explora e fabula criticamente a relação entre o corpo, a cidade e a natureza

Corpocidade é um espetáculo teatral solo de concepção e atuação de Gabi Faryas. O trabalho surge de percepções do artista sobre uma ideia de cidade, atentando para suas dinâmicas de expansão, de contenção e as diversas coreografias cotidianas realizadas pelas pessoas em espaços urbanos.

Com direção de Thiago Pirajira e produção de Maya Marqz, a montagem estreia no Teatro do Centro Histórico Cultural (CHC) Santa Casa no dia 29 de agosto, quinta-feira, às 16h, seguida de bate papo com elenco e direção, e segue dias 30 e 31 e agosto de 2024, sexta-feira e sábado, respectivamente, às 20h (confira mais detalhes no “Serviço”).

Selecionado no Edital de Incentivo a Novas Montagens CHC – 2024, o espetáculo pretende chamar a atenção para as maneiras pelas quais nossos movimentos e nossas subjetividades são fortemente influenciadas pela objetividade do mundo que nos rodeia. O trabalho aborda, de forma especulativa, temas relacionados aos movimentos, às imagens e aos ruídos que juntos fabulam criticamente relações entre o corpo, a cidade e a natureza.

Na trama, Guilherme procura em Breu um pequeno objeto que mal reparou cair dos bolsos, tamanha a correria. Ao cruzar toneladas de pedras, surgem coreografias que o lembram de onde pode ter ficado. Deseja reencontrá-lo, nem que tenha que engolir a cidade. Entre sutilezas e monstruosidades, o trabalho aborda, de forma especulativa, temas relacionados aos movimentos, imagens e ruídos de uma cidade-caos.

Gabi Faryas conta que a ideia de fazer esse espetáculo surgiu de observações da dinâmica social de cidades que visitou e da relação que estabeleceu com estes diversos ambientes. “Tenho interesse em estudar a urbanidade e como ela influencia a nossa subjetividade”, revela.

Interessa-me o pequeno, as micro histórias que povoam essas urbes gigantescas, ou as pequenas. Interessa-me, agora, lembrar daquele relógio barato que ganhei de presente e perdi; do que escuto na feira debaixo de uma lona laranja, com quem converso quando estou dentro do ônibus ou as coreografias que percebo numa estação de trem. Há muito de interessante e criativo vindo do cotidiano”, explica. Segundo o artista, “por mais que a cidade seja essencialmente um espaço de coletividades e cada vez mais de individualismos, aqui, proponho uma lente, um zoom, no que de humano e afetivo tem sobre esses concretos”.

Corpo em movimento
Para criar a partir dessas cenas e coreografias que surgem em diferentes contextos, pareceu oportuno ao protagonista criar um espetáculo de teatro mesclado com a linguagem da dança. “Há comunicados que melhor se dão se feitos pelo corpo em movimento”, afirma. “No cotidiano das cidades há uma presença enorme de dinâmicas não ditas. Dinâmicas que somente as notamos, quando as notamos. Relações de poder e de influência que não são verbalizadas, apenas percebidas pelos movimentos dos corpos, movimentos esses às vezes sutis, às vezes declarados”, justifica.

Esse interesse, que agora toma a forma de um espetáculo de teatro, acontece de maneira consciente na vida do ator há, pelo menos, 10 anos. Estudos que passaram por livros, andanças, rodas de conversas, sites, arquivos históricos, acervos, exposições, entre outros. Um estudo que basila não somente a pesquisa conceitual do artista, mas também sua própria existência, pois ao passo que ele mais estuda, mais se entende enquanto um agente/ator social, mais se localiza no tempo e no espaço e mais entende o que do território onde vive reflete no corpo. “Se pararmos para pensar, são questões quase que básicas. Somos seres sociáveis; é importante e saudável se sentir pertencente a alguma comunidade, compreender seus poderes, direitos, deveres e desejos. E isso, dentro de uma sociedade cada vez mais em disputa, torna-se ainda mais essencial”, reflete.

O diretor e ator Thiago Pirajira define como “muito instigante” o processo de trabalho com Gabi Faryas. “Não somente por ele ser um artista superdedicado, disponível, atento e propositivo, mas também pelo fato de ele ter uma capacidade de articulação de vários saberes que compõem um processo de criação cênico“, observa. O diretor destaca outras qualidades do intérprete: “é ator, escreve a dramaturgia, pensa e concebe o espetáculo. Nesse sentido, as possibilidades criativas do processo se ampliam, são férteis, pois justamente o ator já apresenta previamente uma gama de possibilidades para o trabalho. As motivações surgem a partir dos desejos do próprio artista”, justifica.

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Segundo Pirajirao trabalho de direção vem dialogando diretamente com a dramaturgia e fazendo proposições que trazem para o corpo e para a cena as imagens que compõem as paisagens da cidade. Nesse exercício de ‘transposição’ habita o ímpeto criativo do processo e é sobre isso que viemos nos dedicando”.

SOBRE O ATOR
Gabi Faryas é artista multimídia e educador licenciado em Teatro pela UFRGS. Foi indicado ao Prêmio Açorianos de Teatro Adulto de 2022 como Melhor Ator Coadjuvante pelo espetáculo Sobrevivo – antes que o baile acabe, da rede Espiralar Encruza. Esteve em Turnê Nacional com a peça Zum Zum Zum, com o Grupo Cerco durante 2023 e 2024. Trabalhou como ator protagonista em longa-metragem com direção de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, com estreia prevista para 2025. Possui obras digitais nos acervos do MARGS e CCMQ e atualmente trabalha como Produtor Executivo na 14ª Bienal do Mercosul.

SOBRE O DIRETOR
Thiago Pirajira é artista multidisciplinar, professor e pesquisador. Doutor em Artes Cênicas, mestre em Educação e bacharel em Teatro pela UFRGS. É Professor Adjunto no curso de Teatro – Licenciatura do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Líder do Núcleo de Práticas Radicais: Grupo de Estudos e Pesquisas em Artes, Gênero e Relações Étnico-Raciais (NUPRA) da UFPel/CNPq. Artista nos grupos e coletivos Pretagô, Usina do Trabalho do Ator e Bloco da Laje. É diretor artístico da Mostra de Artes Cênicas Negras – CURA.

SOBRE O CHC SANTA CASA
Há 10 anos o CHC Santa Casa leva cultura, educação e história a toda comunidade, preservando e valorizando o patrimônio cultural da Santa Casa de Porto Alegre. O Centro Cultural oferece uma programação acessível e conta com museu, teatro, arquivo histórico, sala de aula, salas de múltiplos usos, loja e bistrô. O CHC Santa Casa tem o Patrocínio de Agrogen Dorf Ketal, Grendene e PizzattoLog através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura/ Governo Federal.

FICHA TÉCNICA
Concepção, dramaturgia e atuação: Gabi Faryas
Direção: Thiago Pirajira
Produção: Maya Marqz
Trabalho pré-expressivo em dança: Paula Finn
Cenografia: Gabriela João
Figurino: Julia Santos
Iluminação: Thais Andrade
Sonoplastia: Wagner Menezes
Design Gráfico: Julia Gonçalves
Fotografia: Gabriehl Oliveira
Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu
Apoio: Espiralar Encruza, Usina das Artes, NUPRA – Núcleo de Práticas Radicais UFPel, TVE e FM Cultura
Instagram: @_gab.faryas

SERVIÇO:
O que: “Corpocidade”, espetáculo teatral protagonizado por Gabi Faryas. Direção: Thiago Pirajira.
Quando: Estreia dia 29 de agosto de 2024, quinta-feira, às 16h, seguido de bate-papo com elenco e direção. Sessões dias 30 e 31 e agosto de 2024, sexta-feira e sábado, respectivamente, às 20h.
Onde: Teatro do Centro Histórico Cultural (CHC) Santa Casa | Av. Independência, 75, Bairro Independência, Porto Alegre- RS
Quanto: Ingressos antecipados pelo Sympla ao preço de R$45 (até às 15h do dia 29/08) e até às 19h, nas sessões das 20h, nos dias 30/08 e 31/08. Após esse horário, os ingressos passam a ser R$50 (Inteira) e R$25 (Meia). Os ingressos adquiridos na hora, deverão ser pagos, exclusivamente, via Pix, através de Qr Code disponibilizado na bilheteria do teatro.
Duração: 50 min.
Classificação indicativa: 14 anos
Venda de ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/corpocidade/2576793

Assessoria de Imprensa:
Silvia Abreu

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