“Banco não dá bom dia”, espetáculo criado coletivamente a partir do texto homônimo produzido em oficina literária, chega ao palco do Teatro CIEE

Créditos da Foto: Laís Escher

Dirigido por Sandra Loureiro e estrelado por bancários, a peça que estreia dia 24 de janeiro traz a história da construção do Sindicato dos Bancários tendo como pano de fundo a história do Brasil

Como o próprio nome sugere, a peça teatral Banco não dá bom dia traz para o palco as relações entre pessoas, pois são elas que movem as engrenagens das instituições. Criada por um grupo de bancários, a encenação busca ser representativa da realidade bancária e mostra a trajetória de ativistas que saíram de suas pacatas vidas para criar um dos mais combativos e importantes sindicatos do Brasil: o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região.

Seus personagens são pessoas, famílias, que tem suas vidas atravessadas pelas relações interpessoais, pelas vivências profissionais e seu cotidiano e pela própria história do Brasil, pano de fundo para a encenação. O espetáculo retrata as lutas por melhoras nas condições de trabalho desta categoria, que sofre as agruras das modernas tecnologias e dos caminhos do mercado, e que enfrenta resistência, violências e luta para ter dignidade e estabilidade no emprego.

A história se inicia em 1932, na manhã do dia 5 de janeiro, quando os bancários do Banco Pelotense são surpreendidos com o decreto de falência do Banco. Inspirados pela iniciativa de Jose Pedro Ramirez, os funcionários se mobilizam para a formação de um sindicato dos bancários, durante a era Vargas, se tornando uma forte ferramenta de luta e resistência de uma categoria e de toda a classe trabalhadora contra a opressão e a ganância das elites do Brasil. Baseado na narrativa “Banco não dá bom dia”, fruto da oficina literária coordenada pelo escritor Alcy Cheuiche, em 2008, promovida pelo SindBancários, o espetáculo tem texto adaptado pelo bancário Paulo Caetano e abre com a marcha de carnaval escrita por Vicente Rao, carnavalesco que foi diretor do Sindicato. Nela os atores entram em cena demonstrando que a vida de bancário também pode ser de alegria e que o seu trabalho é peça fundamental na constituição da riqueza.

Em cena estão os principais acontecimentos do Brasil na cronologia dos anos 1930 até aqui, em uma história repleta de emoção e lutas. Como se deu a criação do Sindicato dos Bancários pelos funcionários do Banco Pelotense, os atravessamentos das lutas em suas vidas pessoais, as falências, as incertezas, tudo está na peça, que traça a linha do tempo de pessoas que fizeram a diferença ao longo de décadas.

Nos anos 1950 os bancários enfrentavam diversos entraves por uma vida digna, como a tutela do governo, a pressão dos banqueiros e até peleguismo da diretoria do Sindicato. Uma grande greve que duraria cerca de vinte dias, a vitória comemorada no Bar Gambrinus, a trajetória de José Pedro Ramirez, os duros tempos da ditadura e as repressões às manifestações da classe trabalhadora, tudo está no texto e estará no palco do Teatro CIEE dia 24 de janeiro, encenado com muita emoção por quem vive e luta por esta profissão ainda hoje.

FICHA TÉCNICA:
Texto: Paulo Caetano
Direção: Sandra Loureiro
Produção: Vento Minuano
Elenco: Adilson Rodrigues, Almeri de Souza, Elaine Alteneter, Luana Arosteguy, Milton Tavares, Nara Alteneter, Paulo Caetano, Rodrigo Ribeiro, Rose Nobre, Salete Mattje e Valquíria Judaleb

SERVIÇO:
BANCO NÃO DÁ BOM DIA – estreia do espetáculo teatral
Dia 24 de janeiro, às 20h
Teatro CIEE – Rua Dom Pedro II, 861, Higienópolis
Entrada franca
Retirada de ingressos pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/banco-nao-da-bom-dia/2293076

Uma realização dos atores e atrizes do grupo Caixa de Pandora

Patrocínio: SindBancários POA e Região

Informações para a imprensa:
Bebê Baumgarten Comunicação

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Sobre Alex Vitola

Há alguns anos atrás jamais imaginei trabalhar com fotografia ou jornalismo. São mais de 20 anos na área de TI, em diversos provedores de Hospedagens como Administrador de Sistemas, Analista de Suporte e Consultor Técnico. Por questões particulares resolvi "dar um tempo", tirar umas férias de tudo. Neste meio tempo, comecei a fotografar e fazer a cobertura de shows e eventos culturais, apenas como um Hobby, não queria viver disso, não queria uma nova profissão. Com o passar do tempo a coisa foi ficando séria até que e em novembro de 2020 com apoio da Secretaria da Cultura do RS e da Feevale, lancei o projeto “PALCO-RS, uma Exposição Virtual dos principais shows nos palcos de Porto Alegre”. Veio a pandemia, e sem eventos presenciais entrei pra Faculdade de Jornalismo e paralelo a isso continuei estudando edição de imagens, produção cultural, marketing digital, gestão de tráfego e obviamente nunca deixando os estudos da área de TI de lado. Em 2023 fui finalista do Prêmio Profissionais da Música 7ª Edição na categoria "Convergência" "Canais Digitais de Divulgação da Música". Atualmente trabalho com Gestão de Tráfego Pago além de fazer a co-produção do Podcast Entrevista de Atitude.