Kvelertak – Splid (Um Metal por Dia)

O Kverletak, que está muito perto de completar duas décadas de estrada, é um dos nomes mais criativos do heavy metal atual
O grupo norueguês, que executa algo difícil de ser rotulado e incorpora referências do stoner, do hard rock, do black metal e do punk/hardcore, soltou no ano passado o seu quarto trabalho de estúdio, intitulado “Splid”.
Com uma sonoridade orgânica e uma abordagem bem setentista, o registro chegou ao primeiro lugar das paradas locais, mostrando que a banda tem um apelo enorme, sobretudo entre o público mais jovem. Produzido por Kurt Ballou (guitarrista do Converge) e distribuído pela gravadora independente Rise Records, o álbum conta com 11 composições diretas e vibrantes, que se colocam na contramão do black’n’roll melancólico do Sólstafir.
As guitarras gordurosas, a bateria super detalhada e o vocal ensandecido de Ivar Nikolaisen são as principais características do material, muito ousado e aberta a poucos experimentalismos. O repertório imprevisível de “Splid”, que ainda traz algumas letras em norueguês e as participações especiais de Troy Sanders (Mastodon) e Nate Newton (também do Converge), tem como destaque as faixas “Crack of Doom”, “Discord”, “Bratebrann”, “Stevnemote Med Satan”, “Delirium Tremens” e “Ved Bredden Av Nihil”, que também beiram o thrash metal e o rock progressivo.
Com o mérito de transformar tudo isso em algo simples e coeso, o Kvelertak foge do senso comum para se estabelecer entre os grupos mais diferenciados da música pesada contemporânea. “Splid” foi muito elogiado por publicações do calibre da Consequence of Sound e da Metal Hammer.