Bullet For My Valentine – Venom (Um Metal por Dia)
O Bullet For My Valentine, que sempre teve uma apelo forte entre o público adolescente, amadureceu bastante até a chegada de “Venom” às plataformas de streaming, em 2015
O quinto trabalho de estúdio do grupo galês, apesar de ter dividido a opinião da crítica especializada do Reino Unido, mostra que Matt Tuck (vocal e guitarra), Padge (guitarra), Jamie Mathias (baixo) e Michael Thomas (bateria) acertaram ao buscar um distanciamento do metalcore de outrora para investirem as suas fichas em algo mais próximo do heavy metal e do thrash metal.
Produzido pelo experiente Colin Richardson, “Venom” é bem menos emotivo que o clássico “The Poison” (2005) e muito mais violento que o antecessor “Temper Temper” (2013). A sonoridade encorpada, os refrãos grudentos e os riffs volumosos são as características mais recorrentes do repertório, em que a performance de Matt Tuck ao microfone é um destaque à parte, indo do melódico ao gutural com muita desenvoltura e naturalidade. Soando mais obscuro e raivoso, o grupo conseguiu fazer de “Venom” o seu álbum mais pesado, coeso e artisticamente completo.
As faixas “No Way Out“, “Worthless“, “You Want a Battle? (here’s a War)“, “Broken“, “Skin” e “Hell or High Water” são os momentos mais empolgantes do material, todas com um instrumental bem enérgico e agressivo.
Alcançando boas posições nos charts da Inglaterra e dos Estados Unidos, o registro evidencia uma banda já experiente e consciente da sua representatividade para a música pesada contemporânea. O Bullet for My Valentine, em uma década de estrada, conseguiu ocupar o seu espaço com criatividade e maestria, observando sempre as tendências da música pesada.
