King Diamond – Conspiracy (Um Metal por Dia)

King Diamond – Conspiracy

A carreira solo de King Diamond, que iniciou de forma magistral com os ótimos “Fatal Portrait” (1986) e “Abigail” (1987), continuou rendendo grandes álbuns ao vocalista, pelo menos até o início da década de 90

O quarto trabalho de estúdio do icônico frontman, intitulado “Conspiracy”, foi distribuído pela Road Runner Records em 1989 e, apesar de não ter sido uma unanimidade entre a crítica especializada, chamou a atenção dos fãs por conta do seu repertório complexo e potente, muito bem lapidado dentro do estúdio.

Produzido pelo saudoso Chris Tsangarides, o registro conta com a contribuição de dois instrumentistas extremamente talentosos – o guitarrista Andy Larocque e o baterista Mikkey Dee – e dá um novo contorno ao heavy metal tradicional das obras anteriores, a partir de uma abordagem mais agressiva e sombria. Sem explorar tanto os inconfundíveis falsetes de outrora, o cantor criou aqui um repertório vigoroso e intenso, que ainda flerta com o metal progressivo em diversos momentos. Indo dos solos memoráveis de Larocque à interpretação incrível de Diamond ao microfone, “Conspiracy” cumpre perfeitamente o seu papel como uma obra conceitual, evoluindo junto com a história.

O instrumental maduro e surpreendentemente sofisticado, assim como a capacidade do vocalista em dar vida a canções macabras e grudentas, fazem das faixas “At the Graves”, “Sleepless Night”, “Lies”, “A Visit from The Dead”, “Among Belongs to Them” e “Victimized” os melhores momentos do disco. Diversificado e grandioso, o álbum não é tão acessível como boa parte da discografia de King Diamond, mas precisa ser saudado pelas suas composições elaboradas e cheias de mudanças de ritmo.




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