Seventh Key – Seventh Key (Um Metal por Dia)

Billy Greer, vocalista e baixista do Kansas, tem um projeto paralelo dedicado ao hard rock que pouca gente conhece
Se o grupo dos hits “Dust in The Wind” e “Carry on Wayward Son” reúne mais de seis milhões de ouvintes mensais no Spotify, o Seventh Key – que já lançou três discos de estúdio até o momento – não consegue atingir nem 10 mil players por mês.
Apesar de ter sido distribuído pela Frontiers Music srl lá fora e pela Hellion Records aqui no Brasil, a estreia autointitulada da banda, que chegou às lojas em 2001, poderia ter tido uma repercussão melhor. Greer, que se juntou ao seu ex-parceiro de Streets Mike Slamer (guitarra), ainda recrutou David Manion (teclado) e Chet Wynd (bateria) para gravar um álbum que deixa o AOR do seu grupo principal de lado para investir em uma sonoridade mais direta e pesada.
Sem a necessidade de comprovar a sua qualidade técnica, o quarteto só deixou o seu bom gosto fluir ao longo das 11 composições diversificadas de “Seventh Key“. Contando com a participação especial do guitarrista Steve Morse e de outros três integrantes do Kansas, o Seventh Key não se desprendeu totalmente das suas origens e aproveitou muito o background para traçar o seu próprio caminho. A sonoridade progressiva de “No Man’s Land“, a balada “When Love Is Dying” e a performance de Greer ao microfone até podem representar um ponto em comum entre os dois universos musicais, mas o fato do grupo absorver um pouco do glam rock e do heavy tradicional dá um toque bastante particular ao material.
Com uma proposta alto-astral à lá arena rock, “The Kid Could Play“, “Only the Brave“, “Surrender“, “Prisioner of Love” e a faixa bônus “The Storm Rages On” sãos os principais destaques do debut do Seventh Key.
Sem a pretensão de se posicionar como um supergrupo do hardrock norte-americano, a “outra banda” de Billy Geer só não conseguiu despontar porque a sua trajetória é bastante irregular, com um disco novo a cada dez anos.