Amorphis – Queen Of Time (Um Metal por Dia)
Com uma sonoridade bastante peculiar, em que o metal extremo se encontra com algumas influências do metal progressivo, do folk e do power metal, o Amorphis soltou em 2018 um dos melhores itens da sua extensa discografia
A banda finlandesa, que já havia impressionado muita gente com o clássico “Tales from The Thousand Lakes” (1994), superou todas as expectativas com o seu 13º trabalho de estúdio, intitulado “Queen of Time”.
Produzido pelo excepcional Jens Bogren, o registro também marcou o retorno do baixista Olli-Pekka Laine, que não tocava com os seus antigos parceiros desde o final da década de 90. Os riffs agressivos, os elementos eletrônicos, as participações especiais de Chrigel Glanzmann (Eluveitie) e de Anneke van Giersbergen, assim como a presença de uma orquestra e de um coral de verdade, deram uma aura ainda mais mágica e rebuscada ao registro.
“Queen of Time”, que esteve no topo de todas as listas de melhores discos lançados três anos atrás, é surpreendentemente envolvente, indo das harmonias densas e vibrantes a uma profundidade melancólica raramente vista no universo Heavy Metal.
A performance versátil de Tomi Joutsen (vocal) e os solos cheios de feeling de Esa Holopainen (guitarra) também contribuem para o resultado final extremamente satisfatório do álbum, que acerta ao propor uma viagem pelo passado arcaico/medieval sem esquecer o brilho da contemporaneidade. Dinâmicas e totalmente diferentes entre si, as faixas “The Bee”, “Message in The Amber”, “Daughter of Hate”, “Wrong Direction”, “Heart of The Giant”, “Grain of Sand” e “Pyres on The Coast” são os melhores momentos do repertório, em que as mudanças de andamento e toda a carga emotiva inserida evidenciam como o Amorphis sempre esteve à frente do seu tempo, sobretudo nos quesitos criatividade e ousadia.
Depois de passar um tempo fora de catálogo, “Queen of Time” foi relançado em uma belíssima versão digipack pela Shinigami Records BR em parceria com a Nuclear Blast South America.
