Accept – Blood Of The Nations (Um Metal por Dia)

O retorno do Accept não poderia ter sido mais triunfal. O grupo germânico, que não lançava nada desde o final da década de 90, recrutou o vocalista Mark Tornillo e os ex-integrantes Herman Frank (guitarra) e Stefan Schwarzmann (bateria) para viabilizar o seu 12º trabalho de estúdio, em 2010
“Blood of The Nations”, gravado na Inglaterra ao lado do renomado produtor Andy Sneap, é um álbum coeso e surpreendente, que mostra um dos dinossauros do power metal ainda segue firme e preparado para novos desafios.
Muito bem-recebido pela crítica especializada, o registro ganhou notas altíssimas de publicações como a Metal Hammer e a Rock Hard, debutando na honrosa quarta posição das paradas alemãs. Com riffs pesados, melodias engajadas e refrões quase sempre grudentos, “Blood of The Nations” deixa claro que Tornillo é mesmo um substituto à altura de Udo Dirkschneider e que Wolf Hoffmann (guitarra) e Peter Baltes (baixo) são exímios compositores.
Sem aquela inclinação radiofônica adotada nos anos 80, o Accept privilegia aqui canções mais extensas, em que a sua essência agressiva foi brilhantemente amplificada dentro de estúdio. Forte e atual, os melhores momentos do repertório são as faixas “Beat the Bastards”, “Teutonic Terror”, “Blood of The Nations”, “Locked and Loaded”, “Rollin’ Thunder”, “Pandemic” e “No Shelter”.
Renascido das cinzas, o grupo deixou para trás os irrelevantes “Predator” (1996) e “Eat the Heat” (1989) para reconquistar o protagonismo de uma cena que ajudou a criar muito tempo atrás. “Blood of The Nations”, de certa forma, é o álbum que marca o início da nova (e ótima) fase do Accept.