Metallica – Master Of Puppets (Um Metal por Dia)

O Metallica, que já havia se estabelecido no cenário thrash metal norte-americano com os ótimos “Kill ‘em All” (1983) e “Ride the Lightning” (1984), se transformou em um verdadeiro fenômeno do gênero quando lançou o seu terceiro trabalho de estúdio
“Master of Puppets“, que chegou às lojas em 1986 após a banda se mudar para a Elektra Entertainment, mostra como o quarteto de São Francisco evoluiu desde a sua estreia e como a sua música foi se tornando cada vez mais sofisticada.
Gravado na Dinamarca ao lado do produtor Flemming Rasmussen, o álbum é robusto e bastante diversificado dentro das suas características. Apostando nos riffs pesados ao mesmo tempo que tenta expandir as suas canções através de um instrumental requintado e complexo, o Metallica não alcançou o topo das paradas, mas caiu nas graças da crítica especializada e dos fãs, vendendo mais de seis milhões de cópias somente nos Estados Unidos.
James Hetfield, Kirk Hammett, Cliff Burton e Lars Ulrich, que haviam chegado ao seu ápice enquanto compositores, deixaram registradas aqui algumas das maiores canções da banda até hoje.
As faixas “Battery“, “Master of Puppets“, “The Thing that Should Not Be” e “Welcome Home (sanitarium)“, por exemplo, integram apenas a primeira metade do álbum e, por si só, já valem o disco inteiro. Além dessas, “Disposable Heroes“, “Leper Messiah” e “Damage Inc.” complementam muito bem o registro, evidenciando que o Metallica era uma banda madura e consciente do seu potencial.
Cliff Burton, que morreu durante a turnê de Master of Puppets, não chegou a ver o que a sua obra se tornou, ao ponto de ser o primeiro disco heavy metal a fazer parte do famoso acervo da biblioteca do congresso dos Estados Unidos, pela sua “contribuição historicamente e esteticamente significativa à cultura“. Um imponente marco do som pesado que completou.