

Os tributos, mesmo sem conseguir manter um nível de qualidade regular entre as bandas participantes as suas respectivas gravações, sempre despertaram o interesse e a curiosidade dos fãs
Se todos os ícones da música pesada já foram homenageadas com algum registro, o Black Sabbath é quem tem um dos discos mais legais nesse formato.
“Nativity in Black“, lançado pela Sony Music em 1994, teve o mérito de reunir uma porção de grupos famosos, que conseguiram desempenhar o seu papel de forma bastante distinta. Focado nos melhores momentos da fase Ozzy Osbourne, “Nativity in Black” tem lá as suas estranhices e as suas versões improváveis, mas conseguiu circular muito bem entre a crítica especializada e os admiradores do quarteto britânico, ganhando uma indicação ao Grammy (na categria melhor performance de metal) e um disco de ouro nos Estados Unidos, por superar a marca de 500 mil cópias vendidas por lá.
Do Biohazard (“After Forever“) ao Corrosion of Conformity (“Lord of This World“), passando ainda pelo Type O Negative (“Black Sabbath“) e pelo White Zombie (“Children of The Grave“), os grandes destaques do tributo acabam sendo as participações do Megadeth (“Paranoid“), do Sepultura (“Symptom of The Universe“) e de Bruce Dickinson com o God Speed (“Sabbath Bloody Sabbath“).
Diferente de outros tributos, o curioso de “Nativity in Black” é que 3/4 dos integrantes do Black Sabbath também aparecem ao longo das 12 faixas do repertório. Ozzy é quem canta “Iron Man” com o Therapy? e Geezer Butler e Bill Ward integram o Bullring Brummies (com o vocalista Rob Halford) durante a execução de “The Wizard”.
Com uma repercussão bem além do que era esperado na época, “Nativity in Black” ganhou uma segunda edição em 2000, reunindo outros nomes de muita representatividade para o heavy metal mundial, como Machine Head, Slayer, Pantera e Soulfly. O álbum, ao contrário desse primeiro, infelizmente não foi disponibilizado nas plataformas de streaming até o momento.