Kreator – Pleasure To Kill (Um Metal por Dia)

O Thrash Metal, para além dos seus principais representantes norte-americanos, ganhou bastante força na Alemanha, durante a década de 80
Ao lado do Sodom e do Destruction, o Kreator conseguiu se tornar um dos maiores expoentes da cena local, sobretudo depois que “Pleasure to Kill” chegou às lojas, em 1986.
O segundo trabalho de estúdio de Mille Petrozza (vocal e guitarra), Rob Fioretti (baixo) e Ventor (bateria) impulsionou o grupo pela Europa e serviu de inspiração para muitas bandas do metal extremo que vieram depois.
Direto e agressivo, o registro foi considerado pela Loudwire uma das dez obras mais influentes do thrash metal de todos os tempos, sendo colocado no mesmo patamar dos seminais “Master of Puppets” (Metallica) e “Reign in Blood” (Slayer). Com uma sonoridade orgânica e genuinamente underground, o disco evidencia a pegada visceral do power trio germânico e como Petrozza é um compositor muito talentoso. Os riffs pesados, as letras macabras e as batidas violentas são as principais características do material, reproduzidas por quase todas as bandas de Death Metal da Flórida, na década seguinte.
Gravado em cerca de um mês ao lado do lendário produtor Harris Johns (uma figura importante para a consolidação do heavy metal e do punk rock no velho continente), o álbum conta com nove faixas enérgicas e imponentes, como “Ripping Corpse“, “Pleasure to Kill“, “Riot of Violence“, “The Pestilence“, “Command of The Blade” e “Under the Guillotine“.
Disponível nas plataformas de streaming na sua versão remasterizada de 2017, com as três canções do EP “Flag of Hate” de bônus, “Pleasure to Kill” é um disco que, apesar dos seus contornos simples, tem a sua própria história e uma relevância absurda para o heavy metal em geral.