Anaal Nathrakh – Endarkenment (Um Metal por Dia)

O Anaal Nathrakh, que está em atividade desde 1999, pode ser considerado um dos expoentes da nova geração do metal extremo
A banda britânica, formada pela dupla Vitriol (vocal) e Irrumator (todos os instrumentos), soltou o seu 11º trabalho de estúdio no ano passado, chamado “Endarkenment“.
O registro, que chegou a entrar em algumas listas dos melhores álbuns de 2020, chama a atenção pela sua sonoridade bastante moderna, reunindo elementos do black metal, do metal industrial e até mesmo do power metal.
O instrumental veloz, os riffs pesados, os detalhes eletrônicos e os refrãos grandiosos são as quatro principais características do disco, que compila dez composições em pouco mais de 40 minutos. Agressivo e empolgante, “Endarkenment” não se perde em experimentalismos, mostrando que a sua diversidade rítmica é uma proposta artística bastante consciente. Produzido pela própria banda e lançado fisicamente somente no exterior, a mais recente empreitada do Anaal Nathrakh pode agradar até mesmo aqueles headbangers que não têm o black ou o deathmetal entre os seus gêneros prediletos.
Sempre com uma performance enérgica e desesperadora, a excelente versatilidade de Vitriol ao microfone – ficando entre o limpo e o gutural – é outro fator que explica o dinamismo e o impacto que o álbum teve diante da crítica especializada, colecionando ótimos reviews. Os melhores momentos são as faixas “Endarkenment“, “Thus, Always, to Tyrants“, “The Age of Starlight Ends” e “Create Art, Though the World May Perish“, que mesmo soando completamente diferentes entre si, evidenciam que há uma linha de raciocínio por trás de todo o repertório, em que o clássico e o contemporâneo são dosados de uma forma que não assusta ou que cause alguma estranheza. O Anaal Nathrakh, com muita excelência, tem tudo para ditar os rumos do metal extremo no futuro.