Bloodbath – Grand Morbid Funeral (Um Metal por Dia)

O Bloodbath, mesmo com a agenda apertada dos seus integrantes, nunca passou por um longo período de inatividade
O supergrupo de Death Metal, que em 2014 reunia o vocalista Nick Holmes (Paradise Lost) ao lado de três membros do Katatonia e do baterista Martin Axenrot (Opeth), chamou a atenção de muita gente quando “Grand Morbid Funeral” chegou aos serviços de streaming.
O quarto trabalho de estúdio da banda, que expõe uma sonoridade crua e atual, foi muito bem-recebido pela imprensa especializada, ganhando elogios de portais renomados como o Blabbermouth e o Metal Sucks.
Indo da fúria old school à brutalidade técnica dos grupos modernos, o registro subiu de nível com a performance macabra de Holmes ao microfone, que deu uma nova abordagem à proposta do Bloodbath, que passou a compilar alguns riffs arrastados e melodias ainda mais sombrias. Se “Grand Morbid Funeral” tem tudo para agradar os fãs de black metal, o grupo acertou ao conceber um repertório que não tem a mesma urgência do seminal “Nightmare Mades Flesh” (2004), privilegiando canções com mais camadas e texturas.
O álbum, que foi composto e executado por um time que entende muito do assunto, não poderia ter um resultado diferente. Se falta aqui um hit insuperável, faixas como “Total Death Exhumed”, “Anne”, “Church of Vastitas”, “Mental Abortion” e “Grand Morbid Funeral” evidenciam a contribuição gigantesca do Bloodbath para o metal extremo em geral.