Carcass – Torn Arteries (Um Metal por Dia)
Presente em diversas listas dos melhores discos da temporada passada, “Torn Arteries” é o registro que, depois de quase uma década, recoloca o Carcass entre os principais nomes do metal extremo mundial
O grupo britânico, que se desvinculou do grind core dos seus primórdios para se tornar um dos precursores daquilo que mais tarde seria chamado de death metal melódico, deu ao seu sétimo trabalho de estúdio um direcionamento bastante técnico e abrangente.
Com canções superbem lapidadas e cheias de alternâncias de ritmo, Jeff Walker (vocal e baixo), Bill Steer (guitarra) e Daniel Wilding (bateria) conseguiram fazer algo praticamente impossível em “Torn Arteries” – a façanha de dar uma roupagem sofisticada àquilo que a música pesada pode ter de mais podre e agressiva.
Os riffs impactantes, a cozinha precisa e a performance segura de Walker ao microfone conduzem a obra do início ao final, trazendo um pouco de complexidade às dez faixas do material, que segue uma linha ríspida e direta. Sem soar cansativo durante os seus 50 minutos de duração, o álbum intercala faixas aceleradas com outras mais arrastadas, moldando o seu repertório longe da urgência (e da avalanche sonora) do brutal death metal.
“Torn Arteries”, “Dance of Ixtab”, “Under the Scalpel Blade”, “Flesh Ripping Sonic Torment Limited” (um épico que beira os dez minutos), “Kelly’s Meat Emporium”, “In God We Trust” e “The Scythe’s Remorless Swing” são os melhores momentos do registro, que tem tudo para elevar o Carcass ao patamar dos gigantes da música pesada.
“Torn Arteries”, que também merece um elogio por conta da sua capa sensacional, saiu no brasil através da parceria da Nuclear Blast South America com a Shinigami Records Br.
