Iron Angel – Hellbound (Um Metal por Dia)

Com uma carreira cheia de altos e baixos, o Iron Angel soltou em 2018 o seu terceiro trabalho de estúdio, intitulado “Hellbound”
O grupo, que interrompia naquele momento um silêncio de mais de três décadas, é um dos nomes proeminentes da cena speed metal da Alemanha, mas que até hoje sofre com as suas constantes mudanças de formação.
O quinteto de Hamburgo, liderado desde 1983 pelo vocalista Dirk Schroder (único membro do seu line-up original), criou aqui um repertório coeso e potente, que flerta com o thrash metal e com o power metal em diversos momentos.
Distribuído no Brasil pela Hellion Records, “Hellbound” foi produzido por Michael Han (do Cold Embrace) e só precisou de quatro meses para ficar pronto. O Iron Angel, que retoma aqui aquela sonoridade típica da década de 80, teve o mérito de conceber canções diretas e enérgicas, que privilegiam os riffs acelerados e uma bateria veloz. Sem buscar tantas referências do heavy tradicional, a banda investe numa sequência de faixas mais encorpadas e agressivas, com destaque às linhas de guitarra vistosas e à performance quase brutal de Schroder ao microfone.
“Hellbound”, que não teve um desempenho comercial muito acima da média, também serviu para atender um pedido dos fãs antigos da banda – que aguardavam ansiosamente o sucessor de “Winds of War” (1986) e que gostariam de ver como o grupo se comportaria diante de algumas influências contemporâneas. Sem se apegar demasiadamente ao passado, o álbum não soa datado e consegue se posicionar dentro do heavy metal atual, com faixas do calibre de “Writing’s on The Wall”, “Hell and Back”, “Carnivore Fleshmob”, “Blood and Leather”, “Hellbound” e “Ministry of Metal”.
O Iron Angel, cujo status de cult é muito maior do que a procura pelos seu material nas plataformas de streaming, não interrompeu mais as suas atividades e soltou em 2020 outro disco muito bom, chamado “Emerald Eyes”. Você já ouviu alguma coisa deles?!