Sacred Steel – Reborn In Steel (Um Metal por Dia)

Sacred Steel – Reborn In Steel

Apesar da sua carreira extensa e da sua discografia sólida, o Sacred Steel nunca conseguiu um bom destaque dentro do cenário do Power Metal europeu

O grupo germânico, que iniciou as suas atividades há quase três décadas, soltou em 1997 o seu primeiro trabalho de estúdio, intitulado “Reborn in Steel”.

O registro, que foi distribuído em boa parte do planeta pela Metal Blade Records, mostra uma banda ainda iniciante, mas que tinha (quase) todos os atributos necessários para se tornar um dos expoentes do estilo. Se a produção apenas razoável tirou o brilho do material, o Sacred Steel acertou ao apostar nos riffs vigorosos da dupla Jorg Knittel e Oliver Grosshans, assim como numa abordagem épica.

Os flertes com o heavy tradicional – e principalmente com aquela vibe doom/obscura do Mercyful Fate e afins – deram a “Reborn in Steel” um toque bastante particular, evidenciando uma banda que sempre se preocupou em fugir dos clichês mais batidos do gênero. Se a temática lírica do grupo é a mesma adotada pelo HammerFall e pelo Rhapsody (só para citar duas referências do estilo que surgiram mais ou menos na mesma época), o instrumental denso e a performance do vocalista Gerrit Mutz mostram como o quinteto tentou escrever a sua própria história dentro da música pesada.

Metal Reigns Supreme”, “True Force of Iron Glory”, “Reborn in Steel”, “Purified by Pain” e “Sacred Steel” são os melhores momentos do álbum, que impressiona pela sua eficiência e pela sua simplicidade, deixando claro que o power metal não precisa ser pomposo para ter um alto nível. Mesmo com alguns deslizes, o Sacred Steel merece muito mais do que os mil ouvintes mensais que tem no Spotify atualmente.




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