A edição de lançamento da MIAC foi um sucesso absoluto. De 13 a 16 de outubro, vários pontos da cidade de Porto Alegre receberam muitas manifestações artísticas. Em uma programação que uniu várias formas e linguagens artísticas, num modelo inovador de festival no Brasil, o público pode ter uma ideia do que está por vir na primeira edição, que já tem data marcada: de 30 de março a 9 de abril de 2023
Foram contabilizadas cerca de sete mil pessoas que participaram ativamente e indiretamente da mostra. Isso porque a proposta principal dessa edição de lançamento foi descentralizar a produção artística e levá-la ao público de diferentes formas: nas ruas, de forma gratuita, com acessibilidade, a partir de conversas, aulas e seminários, dentro de galerias, espaços culturais e, claro, em teatros também. Quem acompanhou a movimentação das ruas e entorno pelas janelas das casas até quem esteve presente em shows e performances conseguiu sentir a proposta e a vocação do projeto. Foram quatro dias intensos.
Para que tudo acontecesse da melhor forma possível, somente durante a edição de lançamento, uma equipe composta por 41 pessoas trabalhou durante os quarto dia. No entanto, o trabalho teve início há nove meses. Ao longo desse período, os profissionais procuraram os melhores espaços na cidade, negociaram com artistas, fizeram a curadoria e seleção de atrações, buscaram inspirações em projetos nacionais e internacionais e estabeleceram parcerias importantes que garantiram não somente essa edição, mas as próximas que estão por vir.
“A criação da MIAC é um ato de coragem e resiliência antes de tudo. Isso porque inovar e propor, de forma contundente e sensível, diálogos sobre temas urgentes, por meio da arte, é sempre desafiador. É afirmar, mais uma vez, que além da beleza estética, a arte propõe saídas, modos de pensar, reflexões profundas. É nisso que acreditamos e é com esse olhar aberto e abrangente que queremos seguir”, assegura Fernando Zugno, idealizador, diretor e curador da MIAC.
Os seminários e palestras contaram com tradução e interpretação para LIBRAS de Ângelo Collioni, Luciana Corte Real, Sandro Fonseca, Vanize Flores e Vinicius Martins.
Acompanhe abaixo breve histórico da programação de lançamento da MIAC:
Seminário O Futuro é feito à Mão: Painel Moda / Painel Gastronomia, com os mediadores Luciano Potter, Marcella Lorenzon e convidados especiais fomentaram o empreendedorismo de forma sustentável sob a perspectiva artesanal e produção coletiva. O encontro pode ser conferido no podcast Moda Importa;
Acceso a lo tangible com Lucio Bazzalo e Mariana Cinat apresentou performance, DJ e projeções em uma exibição intensa;
Viridiana interpretou o álbum Transfusão e também cancões ineditas em um show íntimo e performático;
Iconoclasta foi instalação dos artistas Julha Franz e Pedro Karg, que após publicação na Revista Corpo Futuro ganhou exposição na Galeria La Photo e performance de Julha. A artista acredita que a beleza é sussurrada e por esse motivo, em sua performance, se comunicou com o público por meio de um longo cano para exemplificar o exercício da escuta;
Arte: estética e ética, gentrificação e meio ambiente trouxe lideranças Maristoni Lima e Antonio Carboneiro, que falaram sobre seus projetos desenvolvidos na Vila Santa Teresinha. Izis Abreu e Cristiano Sant’Anna falaram sobre suas pesquisas e vivências no âmbito cultural e também o processo de reciclagem, destino e iniciativas ligadas ao lixo e à conscientização;
Economia criativa: geração de renda na produção local criativa, inovadora e sustentável Tarson Núñez, Aline Bueno, Roberta Dias e Leonardo Bertacco discutiram o quanto a cultura movimenta a economia e também capacita seus atores. Falaram ainda de iniciativas em outras cidades brasileiras e internacionais sobre reciclagem, projetos ineditos e importantes que vêm sendo desenvolvidos;
Descolonizando o Brasil com Eduardo Bueno Peninha e seu tradicional bom humor, narra o momento que para ele é um dos mais reveladores da história: a centenária Semana de Arte Moderna de 1922, quando artistas nascidos no Brasil e que nunca haviam se interessado pelo Brasil “redescobriram” o país pela ótica de um francês, Blaise Cendrars;
Festa performance na Amplo garantiu arte também. Fizeram parte do line-up Ananda, Bassani, Noizzed, Cccccassius, Nuno Deconto; Visual: House Granada, Reply Eventos, 1quarto.cc, além de uma performance de Julha Franz, artista que também integra a exposição Iconoclasta, na Galeria La Photo;
Cosmologia indígena na arte contemporânea contou com Sandra Benites, Xadalu Tupã Jekupé e Andreia Duarte. Os convidados falaram sobre a relação da arte, da cultura e dos povos originários. A sabedoria, as relações com a terra e a riqueza da cultura indígena que se dá também na oralidade, passando por gerações, resistindo em meio a muitas adversidades;
Tom Zé esbanjou vitalidade e energia. Ele foi o responsável pelo show de abertura da Mostra e apresentou seu trabalho Língua Brasileira no Teatro do Bourbon Country;
Zé Miguel Wisnik deu uma verdadeira aula sobre manifestações culturais brasileiras desde 1922: de Anitta, passando por Caetano Veloso, Emicida, poesia, funk, bossa nova, tropicália, cinema, mostras, exposições e teatro. Um verdadeiro mergulho dos últimos 100 anos do país;
Cortejo Cultural agitou ruas do centro histórico, espalhou alegria e de frente para a Usina do Gasômetro apresentou os talentos DJ Kafu (música eletrônica), Gueto Trio (música ao vivo), Andréia Cavalheiro (cantora), Rosa Franco (cantor), Grupo Garganimações (pernas de pau/malabares), Companhia de Dança Brazil Estrangeiro (Dança Afro Brasileira). A produção foi de Silvia Duarte e Túlio Quevedo;
A instalação Céu, de Ernesto Neto, reuniu público e encantou pela delicadeza e grandiosidade da peça, uma obra de crochê com fios de lã de 14 metros de diâmetro, projeto idealizado para o espetáculo O Silêncio do Mundo, que teve dramaturgia de Ailton Krenak e Andreia Duarte, em colaboração com Davi Kopenawa Yanomami.
PRIMEIRA EDIÇÃO EM 2023
Fernando Zugno confirmou a primeira edição entre os dias 30 de março a 9 de abril de 2023. Para a estreia, a mescla de diferentes linguagens e a diversidade darão a tônica do evento. Já confirmados na programação uma das maiores e mais renomadas companhias de dança do país, Cena 11, de Alejandro Ahmed, com o espetáculo Matéria Escura; a artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos, uma das mais importantes criadoras de grandes instalações no mundo pela primeira vez em Porto Alegre; o espetáculo francês Affordable solutions for better living de Théo Mercier e Steven Michel (ganhadores do leão de ouro da bienal de performance de Veneza); Irmãs Brasil, duas artistas performers transexuais de SP que trarão a MIAC uma trilogia de performances nunca antes realizadas conjuntamente.
A MIAC é apresentada pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul. Tem patrocínio do Grupo Zaffari, PMI Foods e Angus Las Piedras. Canard Produções é a agente Cultural. Financiamento do Pró-cultura RS, Governo do Rio Grande do Sul.
CANAIS OFICIAIS:
Instagram: @miacbrasil
Facebook: Miac Brasil
Twitter: @miacbrasil
TikTok: Miacbrasil
Site: https://www.miacbrasil.com/
FICHA TÉCNICA MIAC:
Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul apresenta
Patrocínio: Grupo Zaffari, PMI Foods e Angus Las Piedras
Agente Cultural: Canard Produções
Financiamento do Pró-cultura RS, Governo do Rio Grande do Sul
Idealização, direção e curadoria: Fernando Zugno
Colaboração curatorial:
Duda Cardoso
Adriana Boff
Luciano Alabarse
Produção artística:
Letícia Vieira
Produção:
Laura Leão
Logística e bilheteria:
Thaís Gombieski
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Assistente de produção:
Clara Santos
Coordenação técnica:
Maurício Moura, João Fraga
Arquiteta:
Yara Balboni
Produção de Palco:
Adriane Azevedo
Bruno Silva
Daniele Alana
Eduardo Custódio
Eduardo Kramer
Lu Leão
Equipe Técnica:
Bruno Lippert
Daniel Fetter
Fabricio Simões
João Fraga
Thaís Andrade
Assessoria de Imprensa:
Cátia Tedesco e Mauren Favero
Gerenciamento de redes sociais:
Mauren Favero
Stephanie Evaldt
Projeto gráfico e site:
Dídi Jucá
Gestão de Ads:
Studio Visto
Tielle Bossoni
Patrícia Abreu
Fotos:
Thiele Elissa
Vídeos:
Érido Filmes
Theo Tajes
Relações institucionais e artísticas:
Bruna Paulin
Gerenciamento de projeto:
Daniela Ramirez
Produção de acessibilidade:
OVNI Acessibilidade Universal
Roteiros de audiodescrição:
Eva Mothci e Mimi Aragón
Consultoria:
Manoel Negraes
Narração, edição e mixagem:
Rodrigo Sacco Teixeira
Tradução e interpretação para LIBRAS:
Ângelo Collioni
Luciana Corte Real
Sandro Fonseca
Vanize Flores
Vinicius Martins
Apoio: Dado Bier, La Photo, H Mídia e We Ooh, RBSTV, TVE, Theatro São Pedro, Vila Flores, Agulha, Fábrica do Futuro
SERVIÇO:
MIAC – Mostra Internacional de Arte Contemporânea
1ª edição da MIAC: de 30 de março a 9 de abril de 2023
Assessoria de Imprensa:
Cátia Tedesco – Agência Cigana
Foto:
Thiéle Elissa
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