Powerwolf – Call Of The Wild (Um Metal por Dia)

Powerwolf – Call Of The Wild

O Powerwolf, um dos nomes proeminentes do heavy metal germânico, acabou de soltar o seu oitavo trabalho completo de estúdio, chamado “Call of the Wild”

O registro, mais uma vez produzido pelo mestre Jens Bogren, mostra como a banda encontrou o seu lugar no concorrido cenário do powermetal, com muita personalidade.

Com uma abordagem épica e uma sonoridade bastante encorpada, o quinteto acerta ao incorporar diversos elementos sinfônicos às suas canções, tornando tudo ainda mais vibrante e grandioso. Se os riffs de Matthew Greywolf e a linhas de teclado de Falk Maria Schlegel conduzem o repertório com maestria, o Powerwolf se apega aos clichês do gênero para desenvolver melodias acessíveis e refrões extremamente pegajosos, que acabam sendo as duas marcas principais de “Call of The Wild”.

Apesar de não ter alcançado a mesma repercussão do ótimo “Lupus Dei” (2007), o disco novo está sendo bastante elogiado pelos fãs e deixa claro como o grupo amadureceu ao longo da sua jornada, agregando muitos detalhes à sua proposta inicial, mas sem cair em exageros.

Direto e de muito apelo radiofônico, o registro é ágil e dinâmico, compilando 11 faixas em apenas 40 minutos. “Faster than The Flame”, “Beast of Gévaudan”, “Alive or Undead” (com um show à parte do vocalista Attila Dorn aqui), “Call of The Wild” e “Sermon of Swords” são os melhores momentos de uma obra que, apesar de não propor nada de novo para o estilo, pode tranquilamente entrar nas listas dos melhores lançamentos de 2021.

Para além das espadas e dos dragões, o Powerwolf já tem o seu nome escrito na história recente do metal melódico, justamente por investir naquilo que o gênero tem de mais característico e por fugir daquilo que há de mais datado e cansativo. “Call of The Wild” é enérgico e intenso, só que de uma forma muito agradável.




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