Jinjer – Macro (Um Metal por Dia)
Da improvável Ucrânia, o Jinjer se tornou rapidamente um dos principais representantes do Heavy Metal contemporâneo
O grupo, que está na estrada desde 2009, promove uma interessante mistura de metalcore e metal progressivo, com personalidade e uma certa dose de ousadia.
O quarteto liderado pela vocalista Tatiana Shmayluk soltou em 2019 o seu terceiro trabalho de estúdio, intitulado “Macro”. Apesar de ter divido um pouco a opinião da crítica especializada, já que nem todo mundo assimilou corretamente as influências do jazz e do reggae absorvidas pela banda, o registro agradou a maioria dos fãs do Jinjer, acostumados com a sua imprevisibilidade. Os riffs sujos e cheios de groove, o instrumental extremamente técnico e a versatilidade de Tatiana ao microfone são as principais características do material, que foi todo construído em cima de várias texturas e de diversas possibilidades rítmicas.
Na contramão dos grupos de metalcore que tentam explorar uma sonoridade mais pop e radiofônica, o grupo proveniente do leste europeu acertou ao apostar as suas fichas em um repertório complexo, bem lapidado e que esbanja criatividade para além do senso comum.
“On the Top”, “Judgement (& Punishment)”, “Retrospection” (que inicia de forma cadenciada e depois assume uma postura extrema recheada com blast beats), “Noah”, “Home Back” e “The Prophecy” são os principais destaques do disco, que compila nove faixas em cerca de 40 minutos. Casa vez mais inserido naquilo que podemos chamar de metal alternativo, o Jinjer nunca teve medo de se abdicar do rótulos, criando assim o seu próprio caminho para além do underground.
