Onslaught – Generation Antichrist (Um Metal por Dia)

O Onslaught, que iniciou a sua trajetória no início da década 80, foi transformando a sua sonoridade ao longo do tempo
Deixando as influências do punk e do hardcore dos seus primórdios para adotar uma proposta mais próxima do thrash metal, o quinteto britânico passou quase uma década em silêncio até soltar o seu sétimo trabalho de estúdio, no ano passado.
“Generation Antichrist“, que chegou às plataformas de streaming no último mês de agosto, é um álbum ríspido e bastante potente, que também marca a estreia do vocalista David Garnett e de outros dois membros. Com nove composições e cerca de 37 minutos de duração, o registro tem um repertório agressivo e contestador, em que temas como a religião e a política ganham uma abordagem bastante crítica nas suas letras.
Gravado na Suécia sob a produção do multipremiado Daniel Bergstrand (Behemoth e In Flames), “Generation Antichrist” é coeso, rápido e nervoso. Os riffs superpesados, os andamentos velozes e a performance intensa de Garnett são as principais características do material, que viabiliza a permanência do Onslaught no primeiro pelotão da música pesada inglesa, após um longo período longe dos holofotes.
Com um álbum que chama a atenção por causa da sua abordagem contemporânea e pelos elementos old school que permanecem aqui e ali, o grupo mantém a sua intensidade instrumental lá no alto durante todo o tempo. Entre as faixas, “Strike Fast Strike Hard“, “Bow Down to The Clowns“, “Generation Antichrist“, “Addicted to The Smell of Death” e “Religiousuicide” são os grandes destaques do disco, que encerra com uma homenagem a Lemmy Kilmster, através da regravação de “A Perfect Day to Die“.
Sem se apegar demasiadamente ao seu passado, o Onslaught teve todos os méritos de adequar “Generation Antchrist” àquilo que há de mais fresco no mundo do heavy metal atual.