Paul Di’anno – Children Of Madness (Um Metal por Dia)

Paul Di’anno – Children Of Madness

Se o primeiro disco solo de Paul Di’anno focava demais no hard rock e teve um desempenho comercial muito abaixo das expectativas, o ex-Iron Maiden não perdeu tempo e, dois anos depois do inexpressivo “Di’anno” (1984), já estava em atividade com uma nova banda, chamada Battlezone

O grupo, que assinou com o selo norte-americano Shatter Records, soltou em 1987 o seu segundo trabalho de estúdio, chamado “Children of Madness”.

De volta ao heavy metal tradicional que sempre foi o seu chão, o cantor se juntou aos guitarristas John Wiggins (do Tokyo Blade) e Graham Bath, ao baixista Pete West e ao baterista Steve Hopgood (que depois integraria o Tank) para dar vida às dez faixas do registro, que ganhou no ano passado a sua primeira edição nacional, capitaneada pela Classic Metal Records.

Gravado em Londres e masterizado nos estúdios da RCA nos Estados Unidos, o álbum deixava claro o interesse do vocalista em manter o seu nome em evidência, numa época que a sua antiga banda se tornava uma das maiores do planeta. Com canções diretas e que investem forte nas melodias pegajosas e nos refrões grudentos, “Children of The Madness” cumpriu a sua missão e foi muito bem-recebido pelo público e pela imprensa especializada, que valorizou o retorno do vocalista às origens da N.W.O.B.H.M.

Os riffs diversificados, a performance sempre visceral de Di’anno ao microfone e os flertes com aquele hard n’ heavy alto-astral do Def Leppard são as características que resumem muito bem o material, que tem como destaque as faixas “Rip It Up”, “I Don’t Wanna Know”, “Whispered Rage”, “Children of Madness”, “Metal Tears” e “To the Limit”.

Apesar de todos os seus pontos positivos, “Children of Madness” não foi suficiente para garantir a continuidade do Battlezone, que encerrou a sua trajetória pouco tempo depois. Di’anno, que perambularia entre vários outros projetos na década de 90, retornaria com a sua carreira solo somente em 2000.




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