Yes – Fragile (Um Metal por Dia)

O Yes é um dos nomes mais transgressores do rock’n’roll. O grupo britânico, que iniciou a sua trajetória em meados da década de 60, foi na contramão do que o Led Zeppelin e os Rolling Stones estavam fazendo e ressignificou o que o gênero tinha de básico, tirando o pé do acelerador e deixando tudo mais denso e complexo
Um dos percursores daquilo que seria chamado de rock progressivo, o quinteto de Londres soltou o seu quarto trabalho de estúdio, intitulado “Fragile“, em 1971. O álbum, que atingiu a marca de duas milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos, debutou na quarta posição da Billboard e na sétima colocação dos charts da Inglaterra, mostrando que a banda tinha um grande apelo comercial, apesar da suas viagens sonoras.
Marcando a estreia do tecladista Rick Wakeman e consolidando a presença do ainda novato Steve Howe na guitarra, “Fragile” é uma obra que deixa claro como o Yes sempre esteve à frente do seu tempo. As influências da música clássica trazidas por Wakeman, as cinco faixas ousadas com os solos individuais de todos os integrantes e a vontade de quebrar os paradigmas existentes evidenciam como o grupo era criativo e surpreendente dentro do estúdio.
O single “Roundabout”, que foi bastante executado nas rádios do Reino Unido na sua versão editada; e as canções “South Side of The Sky” e “Heart of The Sunrise” são belíssimas e brilham sozinhas. Sofisticado como poucos e incorporando um pouco de peso, o Yes também se aproveitou do talento imensurável de Chris Squire – um dos melhores baixistas do mundo – ao longo do repertório. eleito pela revista Rhythm o sexto melhor disco de rock progressivo da história, “Fragile” é realmente sensacional e uma referência para todos aqueles que iriam mergulhar pelo metal progressivo tempos depois.