

Com quase três décadas de história, o Funeratus é um dos grandes nomes do metal extremo nacional
O grupo, que já excursionou fora do país e tem três discos na bagagem, estreou em grande estilo com “Storm of Vengeance”, em 2002.
Produzido por Tchelo Martins no conceituado DaTribo Studio, o registro foi distribuído no Brasil pela Mutilation Records e deixa claro como o power trio paulista sempre privilegiou uma sonoridade técnica e encorpada, com riffs agressivos e andamentos quase sempre velozes. Conduzido pelo gutural sujo de Fernando Trepador (vocal/baixo), o Funeratus acertou ao criar aqui um repertório mais enérgico do que obscuro.
Os solos bem elaborados de André Nalio e a bateria avassaladora, que foi gravada pelos convidados Bruno Corrêa (Horned God e Unearthly) e Ronaldo William (Ancestral Malediction) também são importantes para que a banda mantenha a sua pegada intensa e pouco afeita aos experimentalismos atmosféricos.
Com um contorno orgânico, “Storm of Vengeance” é um álbum coeso, que promove uma verdadeira avalanche metálica. As nove faixas do registro, que somam juntas pouco mais de meia hora, estão muito bem estruturadas e lapidadas, ao ponto de todas se complementarem dentro da obra. “Storm of Vengeance”, “Soaked Blood Sword”, “The Death Is Laughing”, “Behind the Crucifix”, “Winged Evil” e “Universatan” são os melhores momentos do disco, que chegou às plataformas de streaming somente em 2017, mantendo números modestos por lá até hoje.
“Storm of Vengeance”, que pode ser considerado um dos pilares do brutal death metal no Brasil, também é o registro que tornou o Funeratus conhecido em todo o underground. Um álbum essencial para quem curte música pesada de verdade.