The Sins Of Thy Beloved – Perpetual Desolation (Um Metal por Dia)

O boom do gothic metal, que ocorreu no início dos anos 2000, trouxe aos olhos do público uma infinidade de bandas que tentavam ocupar o seu espaço e conquistar a mesma popularidade do Nightwish e do Lacuna Coil, por exemplo
O The Sins of Thy Beloved, que surgiu em 1996 na Noruega, durou pouco tempo e tem apenas dois discos no seu currículo. Com aquela sonoridade sombria e recheada de elementos sinfônicos, o octeto liderado pela vocalista Anita Auglend e pelo guitarrista Glenn Nordbo chegou a ter um seleto número de fãs no brasil, por causa da boa repercussão que “Perpetual Desolation” teve por aqui, ao ser lançado em versão nacional pela Hellion Records, em 2000.
Produzido por Terje Refsnes, que se tornou uma figura requisitada no cenário escandinavo por estar por trás dos melhores discos do Sirenia, do Tristania e do Trail of Tears, o álbum pode até não trazer nenhuma novidade para o gênero, que já começava a dar os seus primeiros sinais de esgotamento, mas foi construído exatamente para agradar os apreciadores daquelas canções extensas, arrastadas e que transitam entre os vocais femininos e os guturais masculinos.
Com um violinista fixo no seu line-up, o The Sins of Thy Beloved deu um toque ainda mais sofisticado às suas composições, que tem como base os riffs pesados, as mudanças de ritmo e a grandiosidade proveniente da música clássica.
“The Flame of Wrath”, a belíssima “Forever”, “Pandemonium”, “Partial Insanity”, “Nebula Queen” “A Tormented Soul” e a releitura para “The Thing that Should Not Be” (do Metallica) são os grandes destaques da obra, que mostra um pouco de beleza através da performance de Anita – que também é a modelo da capa do disco – em meio a tantas camadas instrumentais atmosféricas e obscuras.
Dissolvido depois da turnê de “Perpetual Desolation”, o The Sins of Thy Beloved não conseguiu abandonar o cenário underground, mas deixou a sua marca e é frequentemente lembrado pelos saudosistas do estilo.