Exodus – Persona Non Grata (Um Metal por Dia)

Exodus – Persona Non Grata

Após um hiato de quase uma década, em que Gary Holt se juntou ao Slayer e Tom Hunting esteve fora de cena para tratar um câncer, o Exodus retornou com o seu 11º trabalho de estúdio

Persona Non Grata”, foi produzido em incríveis dois meses pela própria banda no home studio do seu baterista. executando um thrash metal ríspido e encorpado, a banda criou aqui um repertório potente e bem lapidado, que pega as referências old school de um “Bonded by Blood” (1995) e reorganiza tudo a partir de uma abordagem bastante contemporânea, que beira o groove metal (e até mesmo o death metal) em diversos momentos.

Se os riffs criados por Holt e Lee Altus seguem impecáveis, a performance de Hunting com as baquetas e de Steve Zetro Souza ao microfone são igualmente luxuosas. O grupo, que se mostrou um pouco disperso no anterior “Blood In, Blood Out” (2014), recuperou a disposição e boa parte da sua criatividade aqui, num álbum que privilegia composições mais extensas em detrimento daquelas faixas básicas e diretas.

Com quase oito minutos, a autointitulada “Persona Non Grata” abre o material de forma espetacular, numa espécie de avalanche. “Remf”, “Prescribing Horror”, “The Beatings Will Continue” (a única canção que gira em torno dos três minutos), “The Years of Death and Dying”, “Clickbait”, “Lunatic-Liar-Lord” e “The Fires of Division” são os outros destaques do registro, que está sendo muito bem-recebido pela crítica especializada ao redor do planeta, ganhando notas altíssimas de publicações como a Metal Injection e o Sonic Perspectives.

Se o tempo que passou excursionando com Tom Araya & Cia tornou Holt um compositor ainda mais completo, ele (que só não assina uma música do disco) conseguiu conectar todos os pontos em “Persona Non Grata” – um álbum que dá folego a um dos maiores nomes do thrash metal de todos os tempos.




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