Sepultura – Nation (Um Metal por Dia)

Sepultura – Nation

O Sepultura, que teve certa dificuldade para se recuperar após a saída traumática de Max Cavalera, conseguiu dar a volta por cima algum tempo depois

A consolidação de Derrick Green no posto de frontman e a busca por uma sonoridade mais ampla são os principais referenciais de “Nation”, que chegou às lojas em 2001, via Road Runner Records.

Produzido pela banda ao lado do norte-americano Steve Evetts, o álbum pode até ter afastado o grupo daquele Thrash Metal cru e agressivo dos seus primórdios, mas ganhou uma nova dimensão a partir de algumas referências provenientes do hardcore, do groove metal e do new metal.

As participações especiais de Jamey Jasta (Hatebreed), Jello Biafra (Dead Kennedy’s) e do Apocalyptica, entre outras mais, agregaram um pouco de complexidade ao material, que é surpreendentemente diversificado, indo dos riffs furiosos às melodias obscuras e arrastadas com bastante naturalidade. Conduzido pela criatividade e pela destreza técnica da dupla Iggor Cavalera e Andreas Kisser, “Nation” foi bem-recebido pela crítica especializada, tanto aqui como lá fora, e ganhou ainda a certificação de disco de ouro no Brasil.

Sepulnation”, “Border Wars”, “One Man Army” (uma faixa interessantíssima e totalmente fora da curva para o padrão Sepultura), “Uma Cura”, “Who Must Die?”, “Saga”, “Politricks”, “Human Cause”, “Reject” e a instrumental “Valtio” são os grandes destaques do material, que tem um tom político bastante evidente e que exala uma ousadia nunca antes vista. o quarteto mineiro, que tentou dar um passo à frente para se desvincular do seu passado, conseguiu superar as expectativas e até mesmo conquistar uma nova fatia de admiradores, que gostaram da pegada moderna de “Nation” e perceberam, finalmente, a personalidade, a versatilidade e a competência de Derrick Green ao microfone.




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