Ironcross – Too Hot For Rock (Um Metal por Dia)
o grupo finlandês, que chegou a ter um contrato assinado com a gigante emi, soltou o seu terceiro (e derradeiro) trabalho de estúdio em 1986.
“Too Hot for Rock”, que transita entre algumas referências da cena glam norte-americana e do heavy tradicional da N.W.O.B.H.M., é marcado pelo seu repertório direto e pela sua clara tendência radiofônica.
Se o Ironcross não compôs um single realmente capaz de impulsionar a sua carreira para além da Escandinávia, era visível como a banda tinha uma mão boa para criar melodias pegajosas e refrões de muito apelo. Com uma produção agradável e canções realmente diversificadas, o quinteto caprichava no seu figurino e tentava encontrar o seu espaço em meio a faixas mais próximas do hard rock, como “Too Hot for Rock” e “Riding on The Storm Wind”; e outras mais pesadas, que até lembram o Accept em alguns momentos, como “Bloodhunger” e “Lords of The Iron”. com menos de 300 ouvintes mensais no Spotify e integrantes que atendiam por pseudônimos como Jon Steeler e Jimmy Hammer, o Ironcross encerrou as suas atividades em 1990 e, de acordo com aquilo que encontramos sobre a banda no indispensável Encyclopaedia Metallum, nenhum dos seus membros seguiu adiante com a sua carreira artística.
O grupo fracassou exatamente no momento que tinha tudo deslanchar. “Too Hot for Rock”, independente de qualquer trauma, é um disco divertido e muito interessante para quem busca bandas praticamente desconhecidas da cena metálica old school.
