Pestilence – Consuming Impulse (Um Metal por Dia)

Importante para a consolidação do Death Metal na europa, o Pestilence se tornou um dos grandes nomes do gênero em 1989, quando o seu segundo trabalho de estúdio chegou às lojas
“Consuming Impulse”, produzido por Harris Johns (Kreator e Sodom) e distribuído pela Road Runner Records, mostrou que o quarteto holandês não estava para brincadeira. Executando tudo de forma muito brutal e violenta, Martin Van Drunen (vocal), Patrick Uterwijk (guitarra), Patrick Mameli (guitarra e baixo) e Marco Foddis (bateria) deram ao álbum uma pegada surpreendente técnica e visceral.
Os riffs encorpados e diversificados, as quebras de ritmo, as batidas aceleradas de Foddis, os detalhes instrumentais obscuros/macabros e a performance cavernosa de Van Drunen ao microfone são os elementos mais recorrentes do repertório, que soma 37 minutos e deixa claro que o Pestilence sempre quis chegar aos limites do estilo, seja pelo viés da podridão sonora ou pela sua perspectiva progressiva, mais ou menos na mesma direção daquilo que o death estava fazendo nos Estados Unidos.
Com canções diretas e que ficam no meio termo entre o old school e o contemporâneo, “Consuming Impulse” é uma obra completa e autossuficiente, que resume muitíssimo bem a meteórica evolução da banda. As faixas “Dehydrated”, “The Process of Suffocation”, “Suspended Animation”, “Out of The Body” e “Echoes of Death” são os grandes destaques do disco e, apesar de toda a agressividade, proporcionam uma experiência auditiva bastante prazerosa.
A banda, que lançou outros cinco álbuns desde que retomou as suas atividades após um inesperado hiato de quase 15 anos (1994-2008), soma apenas 35 mil ouvintes mensais no Spotify, uma marca que não dimensiona de maneira correta a sua relevância. A discografia do Pestilence, pelo menos até o ousado “Spheres” (1993), é obrigatória para qualquer headbanger e/ou fã de metal extremo que se preze.