

Se nem todos os grupos da NWOBHM alcançaram o mesmo sucesso do Iron Maiden e do Judas Priest, muitas bandas despontaram no início da década de 80 e tiveram os seus momentos de glória, mesmo que por curtos períodos, como o Tygers of Pan Tang
Após uma boa estreia com os discos “Wild Cat” (1980) e “Spellbound” (1980), o grupo inglês ainda tinha um contrato assinado com a gigante MCA Records quando “Crazy Nights” chegou às lojas, no ano seguinte.
Com algumas mudanças no seu line-up, o Tygers of Pan Tang parecia que tinha encontrado a sua melhor formação depois da efetivação do vocalista Jon Deverill e do guitarrista John Sykes, que ajudaram a banda a dar um toque mais refinado ao seu heavy metal tradicional com pitadas de hard rock. Gravado em cerca de dois meses, “Crazy Nights” é marcado pelo seu repertório ágil e enérgico, com canções animadas e dançantes. Com uma produção redondinha assinada pelo norte-americano Dennis Mackay (David Bowie e Phil Collins), o registro acerta ao tentar aproximar a música pesada de uma abordagem radiofônica, com melodias e refrões grudentos.
“Do It Good”, “Love Don’t Say”, “Never Satisfied”, “Make a Stand” e “Raised on Rock” são os melhores momentos do álbum, que mesmo sem ter um desempenho comercial notável (alcançou somente a 51ª posição dos charts britânicos), até hoje é lembrado pelos headbangers, pela sua aura old school e pelas linhas de guitarra brilhantes criadas por Sykes e Robb Weir.
O Tygers of Pan Tang, que perderia boa parte da sua reputação com os fracos “The Cage” (1982) e “Burning in The Shade” (1987), interrompeu as suas atividades algum tempo depois, para só retornar nos anos 2000.