Epica – Omega (Um Metal por Dia)

Já consolidado entre os maiores expoentes do metal sinfônico, o Epica interrompeu um hiato criativo de cinco anos com “Omega”
O registro, que chegou às plataformas de Streaming em fevereiro, é poderoso e tem tudo para figurar em todas as listas dos melhores lançamentos de 2021. Gravado sob a produção de Joost Van Den Broek (ex-After Forever), o álbum dá um novo contorno à sonoridade grandiosa de “The Holographic Principle” (2016), trazendo a participação da orquestra filarmônica de praga e de um coral de crianças. sem abrir mão dos riffs pesados e dos vocais guturais de Mark Jansen, o sexteto holandês acertou a mão mais uma vez, aliando à agressividade uma boa dose de melodias grudentas.
Com um repertório inspirado, em que tudo soa extremamente interessante, o conceitual “Omega” chama a atenção do início ao seu final. Além de Jansen e de Isaac Delahaye na condução das guitarras, a voz de Simone Simons e a bateria de Ariën Van Weesenbeek também contribuem bastante para o bom resultado do disco.
“Abyss of Time – Countdown to Singularity“, “The Skeleton Key“, “Sea of Solomon” e “Gaia” abrem o material de forma perfeita, com aquela pegada sofisticada, que é a marca do Epica pós-The Quantum Enigma 2014. A complexidade, no entanto, aflora de verdade na épica “Kingdom of Heaven: Part Iii – the Antediluvian Universe“, talvez o momento mais impressionante de toda a obra. Além dessas, a bonita balada “Rivers” (Simone dá um show à parte aqui) complementa os melhores momentos de um disco fenomenal, repleto de detalhes.
Lançado no Brasil pela Shinigami Records e pela Nuclear Blast South America, “Omega” está disponível em duas versões. A edição dupla em Slipcase, com as quatro músicas do “Omegacoustic” em um cd bônus, é disparada a mais legal.