O 1º Congresso Estadual de Dança Afro-Brasileira acontece dia 20 de agosto em Porto Alegre, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa

O congresso trará companhias e artistas para oficinas e palestras, como Daniel Amaro, Ana Paula Reis, Lu Bento, Perla Santos, Luciano Tavares e Pingo Boréu, além de cortejo do Maracatu Truvão

O 1° Congresso Estadual de Dança Afro-brasileira do Rio Grande do Sul, com foco na valorização das danças de origem africana desenvolvidas e difundidas no território gaúcho, foi pensado por uma equipe multidisciplinar formada por pesquisadores, artistas e professores, estudiosos das danças afro-brasileiras. A ideia é mostrar ao público do RS a importância desse segmento da dança em todo o Brasil, um país que tem a população negra como maioria de seu povo, e colocar o público do sul do Brasil em contato com essa dança tão difundida quanto pouco conhecida nos teatros e espaços públicos da capital. Em sua primeira edição, homenageia a bailarina, coreógrafa e professora Mercedes Baptista (1921 – 2014), precursora neste segmento da dança e inspiração para a criação do dia da Dança Afro-Brasileira, proposto pelo Movimento Meninas Crespas.  A partir do exemplo de vida e obra dessa grande artista, a equipe de produção do evento joga luz sobre os seguimentos de dança afro que compõem os eixos de trabalho e pesquisa de Mercedes Baptista: o Carnaval e a dança popular, a dança afro sistematizada, a pedagogia afrocentrada, as danças ritualísticas de matriz africana, a pesquisa e a performance.

No Teatro Dante Barone estarão reunidos expoentes desse segmento no Estado, como a Companhia Daniel Amaro, de Pelotas, reconhecida como uma das mais importantes do RS. Também artistas como Perla Santos e Movimento Meninas Crespas, Ana Paula Reis, Luciano Tavares, Lu Bento e Pingo Boréu, são alguns dos nomes apresentados no evento. O dia se inicia com credenciamento e a apresentação da importância dessa data, feita pelo Movimento Meninas Crespas e Perla Santos, seguida de bate-papo com Ana Paula Reis sobre a importância da representatividade. Logo após, Lu Bento, ministra oficina de dança com enfoque nas cirandas de Lia de Itamaracá, seguida por Daniel Amaro com oficina teórico-prática corporificando a experiência de transição da dança de matriz africana para o espaço performativo. O encerramento será com um cortejo do Maracatu Truvão, saindo do Dante Barone, na Assembleia Legislativa, em direção ao Theatro São Pedro, no centro histórico da cidade.

O Dia da Dança Afro-brasileira surgiu em meados de 2018, quando o Movimento Meninas Crespas, um grupo formado por mães, pais, crianças, jovens, professoras e educadores populares que buscam uma educação afrocentrada, convida a comunidade na qual está inserida (Bairro Restinga- Extremo Sul de Porto Alegre) a resgatar sua ancestralidade. Este movimento entende a dança negra como potência e ato político, para além do fazer artístico e, portanto, acredita que a data mundial da dança, comemorada em 29 de abril, não representa a dança afro, por homenagear o nascimento do bailarino, professor e ensaísta francês Jean-Georges Noverre (1727 – 1810). Ou seja, um homem branco e europeu do balé clássico. O grupo, que almejava encontrar uma data na qual o corpo negro fosse celebrado, por meio da pesquisa de Perla Santos, deparou-se com a vida e obra de Mercedes Baptista e resolveu propor que esta grande bailarina fosse a inspiração para o dia da dança afro-brasileira. Os trâmites se seguiram e a vereadora Karen Santos propôs e aprovou no plenário da Câmara de Vereadores o projeto que institui o dia 18 de agosto como o Dia da Dança Afro-brasileira.

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PROGRAMAÇÃO:
Das 8h às 12h
Credenciamento
Abertura com Perla Santos, Movimento Meninas Crespas e Pingo Boréu
Palestra de Ana Paula Reis
Oficina de dança com Lu Bento
Das 14h às 18h
Apresentação de Luciano Tavares
Palestra e oficina de dança com Daniel Amaro
Cortejo do Maracatu Truvão      
* Participação do DJ Jadersom

1° Congresso Estadual de Dança Afro-brasileira do Rio Grande do Sul
Dia 20 de agosto, das 8h às 18h
Teatro Dante Barone – Assembleia Legislativa do RS
Praça Marechal Deodoro, 101

Realização:
Afro Cultuando-Arte e Cultura (Bagé), Criativus Centro de Dança (Cachoeirinha), Cia Daniel Amaro (Pelotas), ESEFID, Grupo de dança afro Abayomi (São Leopoldo), Instituto Tulipa e Movimento Meninas Crespas e SêNegra ESEFID (Programa de Extensão)

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Apoio:
Maracatu Truvão, Secretaria de Cultura do Estado, SMED Porto Alegre e Bebê Baumgarten Comunicação

Assessoria de Imprensa:
Bebê Baumgarten Comunicação

Fotos:
Roseane Duarte, Liége Ferreira, Tadeu Vilani, Tuanne Eggers, Daniel Sasso

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