Wasp – The Headless Children (Um Metal por Dia)

Wasp – The Headless Children

O Wasp, que iniciou a sua carreira de maneira estrondosa com os seminais “Wasp” (1984) e “The Last Command” (1985), atingiu o ápice da sua maturidade quando “The Headless Children” chegou às lojas, em 1989

Blackie Lawless (vocal e guitarra), Chris Holmes (guitarra), Johnny Rod (baixo) e o estreante Frankie Banali (bateria e ex-Quiet Riot), que até aquele momento ainda incorporavam algumas influências de um hard rock mais rústico, deram um novo patamar à sua sonoridade, que se tornou mais pesada, complexa e obscura.

Produzido por Lawless, o quarto registro do grupo norte-americano alcançou a 48ª posição dos charts da Billboard e manteve o Wasp em evidência, excursionando pelos Estados Unidos e pela Europa. Com riffs encorpados e melodias certeiras, “The Headless Children” também é marcado pela abordagem das suas letras, que deixaram de lado a temática sexual/satanista de outrora para tratar de assuntos bem mais relevantes, relacionados à política.

Se a performance espetacular de Banali acrescentou bastante à proposta da banda, Lawless é quem chama para si todos os holofotes, mostrando muita desenvoltura e versatilidade diante do microfone. As agressivas “The Heretic (the Lost Child)” e “The Headless Children” contrastam muito bem com a balada “Forever Free” e ainda dividem espaço com outros destaques do repertório, como “Mean Man”, “The Neutron Bomber” e “Rebel in The FDG”, todas com refrões bem impactantes. a cereja do bolo, no entanto, fica por conta da versão de “The Real Me” (The Who), que chegou a ser elogiada algum tempo atrás por Pete Townshend. Longe do seu passado hedonista, o Wasp começou a evidenciar em “The Headless Children” a sua preferência pelas obras grandiosas e conceituais. O imprescindível “The Crimson Idol” (1992), não por acaso, é o álbum que o grupo lançou na sequência.




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