Soundgarden – Badmotorfinger (Um Metal por Dia)

Soundgarden – Badmotorfinger

Mais perto do Hard Rock e do Heavy Metal do que do grunge, o Soundgarden foi um dos grupos que mantiveram a chama da música pesada acesa durante a década de 90, mesmo que as rádios e a MTV declaravam o seu apoio incondicional ao nirvana e aos seus pares

O quarteto de Seattle, que estava em atividade desde meados dos anos 80, soltou em 1991 o seu terceiro trabalho de estúdio, chamado “Badmotorfinger”.

Liderado pelo vocalista e guitarrista Chris Cornell, a banda despertou o interesse de diversas publicações especializadas, como a Mojo Magazine e a SPIN, e colocou o seu nome entre os principais nomes do rock, vendendo mais de dois milhões de discos nos estados unidos e sendo indicado ao Grammy na categoria “melhor performance de metal”.

Com uma sonoridade vibrante e agressiva, o grupo se juntou ao produtor Terry Date (Pantera e Overkill) para criar um repertório muito equilibrado. Apesar das suas pretensões radiofônicas, o Soundgarden não tira o pé do acelerador. Os riffs melódicos, a cozinha precisa, o espírito punk, o ímpeto adolescente e performance irrepreensível de Chris Cornell ao microfone são os pilares do álbum, que é calcado majoritariamente em composições diretas e enérgicas.

Os headbangers que conseguirem se despir de qualquer preconceito por conta da ascensão do Soundgarden em meio à consolidação do grunge irão curtir canções do quilate de “Rusty Cage”, “Outshined”, “Slaves & Bulldozers”, “Face Pollution”, “Room a Thousand Years Wide” e “Drawing Flies”.

Com três décadas de história, “Badmotorfinger” é um disco que influenciou tremendamente os rumos que o rock pesado tomaria, numa época de muitas dúvidas e poucas certezas.




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