Distraught – Unnatural Display Of Art (Um Metal por Dia)

Distraught – Unnatural Display Of Art

O Distraught, um dos representantes mais longevos do thrash metal nacional, soltou aquele que pode ser considerado o seu melhor disco em 2009

Unnatural Display of Art”, que foi gravado em Porto Alegre e mixado no famoso Mister Som em São Paulo, mostra uma banda muito mais técnica e madura, sobretudo se comparada com aquela que deu vida ao debut “Nervous System” (1998).

Com riffs diversificados e uma cozinha muito poderosa conduzida por Nelson Casagrande (baixo) e Éverson Krentz (bateria), o quinteto gaúcho criou aqui 12 composições muito agressivas, que beiram o death metal e o groove metal em diversos momentos.

Indo pelo caminho old school sem esquecer de buscar uma abordagem atual quanto aos timbres dos seus instrumentos (mais ou menos como o Kreator tem feito nos seus discos mais recentes), o Distraught estava aqui numa linha evolutiva bastante clara, num nível criativo bem acima da média. Com mudanças de ritmo extremamente louvávels, “Unnatural Display of Art” é vibrante do início ao final, simbolizando o esforço de uma banda que tinha mais de duas décadas de serviços prestados ao underground.

The End of Times”, “Reflection of Clarity”, “Hellucinations”, “Evil Portrait”, “Your God Is Dead” e “Alchemy” são os melhores momentos de uma obra que poderia ficar tocando em looping sem causar qualquer tipo de desconforto.

Um clássico do metal nacional que ainda está escondido da maioria dos headbangers nas plataformas de streaming.




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